Frete alto dificulta o varejo e 30% dos lojistas têm dificuldade para absorver avanço

4 de abril de 2025

Valor do frete ano passado subiu 7%; para 2025 expectativa é de continuidade do ciclo de alta

Tudo que vemos à nossa volta passou, invariavelmente, por uma estrada ou rodovia. Dos grãos aos eletrônicos, se você pode ter algum item perto de você, significa que ele tem rodagem. Atualmente, segundo a Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (Abol), no ano passado, 18,4% do PIB brasileiro foi destinado a todo o processo logístico (transporte, armazenagem e serviços administrativos), e as empresas de transportes faturaram, em 2024, o equivalente a 1,8% do PIB, ou cerca de R$ 196,2 bilhões. Toda essa pujança, no entanto, vem carregada de pressões inflacionárias, o que tem aumentado a pressão nas empresas, em especial no varejo, que depende majoritariamente do modal rodoviário para sobreviver. No ano passado, o preço médio do frete por quilômetro rodado subiu 7%, de R$ 6,36 para R$ 6,81, segundo o Índice de Frete Edenred Repom (IFR). No e-commerce, 30% dos lojistas virtuais da Nuvemshop reportaram problemas para absorver o incremento no custo do transporte.

Segundo Alejandro Vázquez, fundador e presidente da Nuvemshop, plataforma de tecnologia com 150 mil lojas virtuais por toda a América Latina, as dimensões continentais do Brasil exigem um nível de complexidade grande em todo o processo logístico, e isso tem se aprofundado com as mudanças de comportamento do cliente online. “Hoje em dia, o consumidor espera entregas mais rápidas e assertivas, e isso também contribui para esse incremento [no valor do frete].”

Na conta dos transportadores, em 2024, o preço do diesel, principal combustível do fretamento rodoviário, passou de R$ 5,96 para R$ 6,15, segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). No recorte inflacionário, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), no acumulado de 2024, o diesel acumulou alta de 0,97%, o que colocaria o preço médio em R$ 6,07, um pouco abaixo do registrado pelo IPTL. A diferença, então, veio de uma decisão tomada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que, em outubro do ano passado, elevou o ICMS em R$ 0,06 por litro do combustível. O incremento passou a valer em janeiro deste ano.

Em janeiro, inclusive, mais uma pressão. A Petrobras anunciou o aumento do preço do diesel nas distribuidoras no dia 31. O reajuste foi de 6,29%, acrescentando R$ 0,22 por litro. Atualmente, o diesel custa, em média, R$ 6,40 no Brasil. De acordo com a NTC&Logística, o diesel representa cerca de 35% dos custos do transporte rodoviário de cargas. A associação estima que o aumento no preço do combustível já tenha impactado o valor do frete em aproximadamente 2,2%.

Outra pedra no caminho das empresas de transporte, segundo a NTC&Logística, são os custos trabalhistas. Este ano entrou em vigor a norma de reoneração gradativa da folha de pagamento, anunciada pelo governo federal em setembro de 2024. Segundo a associação do setor de transporte de carga, essa mudança aumentou em aproximadamente 1,5% os custos trabalhistas das empresas. Segundo Nelson Beltrame, especialista em logística e professor da FIA Business School (Fundação Instituto de Administração), vários itens do agrupamento de transportes sofreram incrementos. “Todos esses itens que fazem parte da estrutura de custo do frete contribuíram para essa variação de preço”, afirmou.

Para Beltrame, toda a cadeia, de alguma maneira, vai pagar essa conta, mas quem mais absorve esses custos são as transportadoras, que devem repassar isso no seu preço final. “Os varejistas também devem repassar isso no custo final do frete dos produtos.” No fim das contas, o consumidor deve ver um aumento, ou no preço dos produtos, ou no valor nominal do frete.

Para este ano, a tendência é que o custo do frete siga em alta. Não apenas pela continuidade da pressão inflacionária e alta da Selic, mas pela perspectiva de aumento da demanda trazida pelo agronegócio. Com o atraso de colheitas da safra 2024/2025, a Confederação Nacional do Agronegócio (CNA) estima uma concentração de escoamento de grãos no primeiro semestre, o que pode encarecer o custo logístico de toda a cadeia.

Frete é desafio

Se a questão logística é um desafio no Brasil, e o transporte via rodovias tem encarecido sistematicamente, encontrar soluções para cruzar o País se torna urgente. Todos os governos deste século criaram sua própria solução. Entre 2003 e 2016, nas gestões de Lula e Dilma, a aposta era no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e no Programa de Investimento em Logística (PIL). Os dois prometeram expansão massiva para modais menos utilizados, como cabotagem e hidrovias. Pouco avançamos. Entre 2016 e 2018, Michel Temer lançou o Ponte para o Futuro, que previa concessões de rios. Nada saiu do papel. Jair Bolsonaro, entusiasta das Parcerias Público-Privadas (PPP), também fez seu programa, igualmente sem sucesso.

No ano passado, o governo Lula também fez sua nova investida. Em dezembro, foi dado o pontapé inicial para o que eles tratam como a solução para o preço do frete. A Agência Gov divulgou o início do processo de consulta pública do projeto de concessão da Hidrovia do Rio Paraguai. Consiste em um trecho entre Corumbá (MS) e a foz do Rio Apa, localizada no município de Porto Murtinho (MS), e o leito do Canal do Tamengo, no trecho compreendido no município de Corumbá. A extensão total do projeto é de 600 km. O investimento direto estimado nesses primeiros anos é de R$ 63,8 milhões. O prazo contratual da concessão é de 15 anos, com possibilidade de prorrogação por igual período.

Após a concessão, o transporte de cargas está estimado entre 25 e 30 milhões de toneladas a partir de 2030. Isso significa um aumento significativo de movimentação em relação ao praticado atualmente. No ano passado, a hidrovia transportou 7,95 milhões de toneladas de cargas, um aumento de 72,57% em relação a 2022. A previsão de tarifa pré-leilão é de até R$ 1,27 por tonelada de cargas. O critério de licitação pode ser a menor tarifa, por isso, esse valor ainda poderá ser reduzido.

Em todas hidrovias disponíveis para navegação de carga no Brasil, segundo a Agência Nacional dos Transportes Aquáviários (Antaq) foram movimentadas 126,5 milhões de toneladas. O resultado é 2,33% inferior ao visto em 2023 e, segundo a agência, a razão para a baixa foi a redução no nivel de água em alguns rios, que impossibilitaram, por alguns meses, o transporte. “O frete fluvial tem uma capacidade de carga muito maior, por isso, pode baratear o transporte de diversos itens”, afirmou o professor Beltrame, da FIA. Apesar disso, segundo ele, isso não deve afetar o preço final para o consumidor. “Os varejistas devem aproveitar isso como margem.” Excelente na teoria, ainda distante da prática.

Com informações de Agência DCNews

Fonte: Mercado & Consumo

Páscoa: como a data pode movimentar o varejo

3 de abril de 2025

As empresas de Páscoa representam uma excelente oportunidade para o varejo brasileiro, mas é essencial que planejem com antecedência

A Páscoa é um dos dados mais significativos para o comércio brasileiro, impulsionando diversos setores do comércio. Em 2024, em pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), foi projetado que 65% dos consumidores fizessem compras para a data, aproximadamente 106,6 milhões de pessoas.

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) registrou uma queda de 5% nas vendas durante a Páscoa de 2024 em comparação com 2023. Dado projetado também pela pesquisa da CNDL. Essa queda pode ser atribuída ao efeito calendário, já que, em 2024, a Páscoa ocorreu no final de março.

Deste modo, é essencial adotar estratégias que atendam às necessidades do consumidor e aproveitem as tendências de consumo de dados. Aqui estão algumas abordagens e dados que podem ajudar a movimentar o comércio de forma significativa durante a Páscoa:

1. Investir em promoções e descontos atraentes

Promoções sazonais são fundamentais para atrair consumidores à procura de bons negócios. Pesquisa da CNDL/SPC Brasil já revelou anteriormente que 65% dos consumidores procuram descontos e ofertas especiais durante a Páscoa. Oferecer descontos em produtos relacionados, como ovos de chocolate, produtos gourmet e presentes, pode ajudar os intermediários de vendas.

2. Presença no e-commerce

O e-commerce continua a ser uma das principais vias de compra, e isso se reflete durante datas sazonais como a Páscoa. Segundo dados da Ebit|Nielsen, em 2024, o comércio online durante a Páscoa teve um crescimento de 12% em relação ao ano anterior. Loja física e online podem atuar de forma integrada, com estratégias de “clicar e coletar”, permitindo que o cliente compre online e retire no ponto de venda. Esse modelo tem sido cada vez mais procurado, principalmente por quem deseja evitar aglomerações típicas de datas comemorativas.

3. Produtos exclusivos

Produtos personalizados ou exclusivos para a data, como ovos de chocolate com recheios diferenciados ou embalagens temáticas, são um atrativo para consumidores que buscam algo exclusivo para apresentar. Esse tipo de item tem alto apelo, especialmente entre aqueles que buscam uma experiência mais sofisticada. Há dados que aponta que 41% dos consumidores estão mais dispostos a gastar mais em produtos diferenciados.

4. Compras conscientes

Outro ponto relevante é a crescente conscientização do consumidor sobre sustentabilidade. Em 2024, o movimento por compras conscientes tem ganhado força, especialmente entre os mais jovens. Empresas que investem em chocolates com certificação de comércio justo, embalagens ecológicas e iniciativas sustentáveis ​​se destacam, atraindo consumidores que alinham suas escolhas de compra com seus valores.

5. Marketing digital e redes sociais

A presença nas redes sociais é crucial para alcançar o público-alvo, especialmente por meio de campanhas de marketing digital bem segmentadas. O uso de influenciadores, promoções em plataformas como Instagram e TikTok, e até mesmo a criação de conteúdos que estimulam o engajamento dos consumidores são estratégias eficazes para aumentar a visibilidade da marca durante esse período. Além disso, as campanhas de e-mail marketing com descontos personalizados também são uma boa forma de manter o público engajado e incentivado a realizar compras.

As empresas de Páscoa representam uma excelente oportunidade para o varejo brasileiro, mas é essencial que planejem com antecedência e adotem estratégias inteligentes para aproveitar ao máximo esses dados sazonais. Com promoções bem estruturadas, forte presença digital e foco em produtos que atendem às expectativas do consumidor atual, é possível aumentar significativamente as vendas e gerar um impacto positivo nos resultados do comércio.

CDL Recife participa de Ação Inclusiva TEA

1 de abril de 2025

O Grupo de Mães de Crianças Especiais de PE, em parceria com a CDL Recife, vai promover a Ação de Cidadania Inclusiva TEA 2025. O evento acontecerá na quarta-feira (02/04), Dia Mundial de Conscientização do Autismo.

Com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o autismo e os direitos da comunidade, a iniciativa oferecerá diversos serviços, como emissão de RG para autistas, orientação jurídica, atendimento odontológico para familiares, massagem relaxante, ventosaterapia, sorteios e outros serviços.

Mais informações sobre o evento:
Data: 02/04/2025
Local: Praça Engenho Massangana, Santo Amaro, Recife-PE
Horário: 09h00

Reincidência cresce e 85,88% dos que atrasaram contas em fevereiro retornaram para a negativação

31 de março de 2025

Dados mostram ainda queda de ‐8,17% no número de consumidores que conseguiram sair das listas de negativados nos últimos 12 meses

De acordo com o Indicador de Reincidência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDLReincidência cresce mais um mês e 85,88% dos que atrasaram contas em fevereiro retornaram para a negativação, diz indicador da CNDL/SPC Brasil) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), oito em cada dez consumidores retornam para os cadastros de negativação menos de um ano após o pagamento de uma conta negociada. O Indicador aponta que, em fevereiro de 2025, do total de negativações, 85,88% foram de devedores reincidentes, isto é, que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.

Considerando o universo de devedores reincidentes, 65,44% foram de consumidores que ainda não tinham pagado dívidas antigas até fevereiro; e 20,44% tinham saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram. O restante, 14,12%, não esteve com restrições no CPF ao longo dos últimos 12 meses e, por isso, não foram considerados reincidentes.

NÚMERO DE PESSOAS REINCIDENTES POR TIPO

“O alto índice de consumidores que retornam para a inadimplência reflete um cenário econômico desafiador, agravado pelo aumento da inflação e pela expectativa de juros ainda mais altos. A tendência para os próximos meses é de uma recuperação de crédito ainda mais difícil, impactando diretamente o consumo e o crescimento econômico. Para minimizar os impactos negativos, os consumidores devem adotar estratégias como a renegociação preventiva de dívidas e um controle financeiro mais rigoroso”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

REINCIDÊNCIA ACONTECE, EM MÉDIA, APÓS 2,4 MESES DO PRIMEIRO ATRASO

O indicador ainda revela que o tempo médio entre o vencimento de uma dívida para outra é de 73 dias, ou seja: depois de 2,4 meses (em média) de ficar inadimplente, o consumidor volta a atrasar o pagamento de uma segunda conta.

Os dados do indicador mostram que, nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro de 2025, houve uma queda de ‐7,51% no número de devedores reincidentes, aqueles que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes no período analisado. A comparação é com os 12 meses anteriores.

“Recentemente, o governo lançou um programa para ampliar o acesso ao crédito, incluindo a expansão do consignado e a possibilidade de utilizar o FGTS como garantia. Estas medidas podem ser vantajosas, pois oferecem opções de crédito com custos mais baixos. No entanto, é fundamental que os consumidores utilizem esse recurso com responsabilidade, priorizando o pagamento das dívidas e sobretudo evitando o endividamento excessivo”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

NÚMERO DE PESSOAS REINCIDENTES

Reincidência cresce mais um mês e 85,88% dos que atrasaram contas em fevereiro retornaram para a negativação, diz indicador da CNDL/SPC Brasil

A abertura por faixa etária dos devedores reincidentes mostra que o número de reincidentes com participação mais expressiva no Brasil em fevereiro foi da faixa de 30 a 39 anos (26,50%). A participação dos devedores reincidentes por sexo segue bem distribuída, sendo 53,09% mulheres e 46,91% homens.

NÚMERO DE PESSOAS REINCIDENTES POR FAIXA ETÁRIA E SEXO

Reincidência cresce mais um mês e 85,88% dos que atrasaram contas em fevereiro retornaram para a negativação, diz indicador da CNDL/SPC Brasil

O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil mostra a evolução do número de consumidores que deixaram os cadastros de inadimplentes por terem realizado o pagamento das suas dívidas em atraso. São utilizadas as informações de saídas de CPFs das bases às quais o SPC Brasil tem acesso. Em conjunto com os dados de reincidência, esses dados permitem melhor monitoramento da inadimplência no país, que atinge cerca de 41,50% da população adulta.

VOLUME DE BRASILEIROS QUE QUITARAM DÍVIDAS CAI -8,17% EM FEVEREIRO

Os dados do indicador de recuperação de crédito mostram que, nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2025, houve queda de ‐8,17% no número de consumidores que conseguiram sair das listas de negativados. A comparação é com os 12 meses anteriores.

NÚMERO DE PESSOAS QUE RECUPERARAM O CRÉDITO

Reincidência cresce mais um mês e 85,88% dos que atrasaram contas em fevereiro retornaram para a negativação, diz indicador da CNDL/SPC Brasil

A queda do indicador acumulado em 12 meses se concentrou na diminuição da recuperação de consumidores que levaram de 91 dias a 1 ano (‐15,49%) para efetuarem o pagamento de todas suas dívidas.

NÚMERO DE PESSOAS QUE RECUPERARAM O CRÉDITO POR TEMPO PARA PAGAMENTO

Observando a abertura por faixa etária dos consumidores que quitaram suas dívidas, o número de consumidores recuperados com participação mais expressiva no Brasil em fevereiro foi da faixa de 50 a 64 anos (24,27%).

A participação dos consumidores recuperados por sexo segue bem distribuída, sendo 52,40% mulheres e 47,60% homens.

NÚMERO DE PESSOAS QUE REPUPERARAM O CRÉDITO POR FAIXA ETÁRIA E SEXO

Em fevereiro de 2025, cada consumidor recuperado pagou, em média, R$ 2.034,23 na soma de todas as dívidas que tinha. Os dados ainda mostram que 63,17 % pagaram até R$ 500 nas dívidas que possuíam.

NÚMERO DE PESSOAS QUE RECUPERARAM O CRÉDITO POR VALOR TOTAL PAGO

Fonte: Varejo S.A

Varejo como serviço: a nova tendência do setor

28 de março de 2025

A abordagem inovadora está transformando a maneira como as empresas interagem com seus clientes

Uma das tendências mais promissoras que vem ganhando força é o conceito de “varejo como serviço” (Retail as a Service – RaaS). Esta abordagem inovadora está transformando a maneira como as empresas interagem com seus clientes, oferecendo não apenas produtos, mas experiências completas e personalizadas.

O varejo como serviço é uma estratégia que transforma a venda de produtos em uma oferta de serviços abrangentes. Em vez de simplesmente vender um item, as empresas fornecem soluções completas que englobam o produto, sua manutenção, suporte e até mesmo experiências relacionadas. Esta abordagem visa criar um relacionamento contínuo com o cliente, indo além da transação única.

Por que o varejo como serviço está ganhando força?

De acordo com uma pesquisa da McKinsey & Company, 71% dos consumidores estão mais propensos a comprar de marcas que oferecem experiências personalizadas. O RaaS responde diretamente a essa demanda, proporcionando:

  • Maior fidelização do cliente
  • Fluxos de receita recorrentes
  • Insights valiosos sobre o comportamento do consumidor
  • Diferenciação da concorrência

Dentre algumas marcas que podem ser consideradas casos de sucesso no varejo como serviço estão a Amazon Prime e a Nike+. A primeira é um exemplo notável de RaaS. Além de oferecer frete grátis, a Amazon transformou sua assinatura em um pacote de serviços que inclui streaming de vídeo, música e livros eletrônicos. Segundo dados da empresa, os membros Prime gastam em média R$ 1.400 por ano, comparado a R$600 dos não-membros.

A Nike adotou o RaaS com sua plataforma Nike+, que oferece aplicativos de treinamento, comunidades online e eventos exclusivos para membros. Esta estratégia não apenas aumentou as vendas de produtos, mas também criou uma comunidade engajada de consumidores fiéis à marca.

Implementando o varejo como serviço

Para implementar com sucesso o RaaS, as empresas devem considerar:

  • Conhecer profundamente o cliente: utilize análise de dados para entender as necessidades e preferências dos consumidores.
  • Criar pacotes de valor: desenvolva ofertas que combinem produtos e serviços de forma atraente e relevante.
  • Investir em tecnologia: implemente sistemas que suportem a entrega contínua de serviços e a coleta de dados dos clientes.
  • Treinamento de equipe: capacite sua equipe para fornecer um atendimento excepcional e orientado a serviços.
  • Medir e ajustar: monitore constantemente o desempenho e faça ajustes com base no feedback dos clientes e nos dados coletados.

Pequisas apontam que as organizações que adotarem o modelo de varejo como serviço poderão ver um aumento de 15% a 20% nas receitas recorrentes até 2030. Isso se deve à capacidade do RaaS de:

  • Aumentar o valor do tempo de vida do cliente (Customer Lifetime Value – CLV)
  • Reduzir a rotatividade de clientes
  • Criar oportunidades de venda cruzada e upsell

O varejo como serviço representa uma mudança fundamental na forma como as empresas interagem com seus clientes. Ao adotar esta abordagem, os varejistas podem criar relações mais profundas e duradouras, aumentar a fidelidade e impulsionar o crescimento sustentável.

À medida que avançamos, as empresas que conseguirem equilibrar a oferta de produtos de qualidade com serviços excepcionais e experiências personalizadas estarão bem posicionadas para liderar o futuro do varejo. O RaaS não é apenas uma tendência passageira, mas uma transformação fundamental que está remodelando o setor varejista para melhor atender às necessidades e expectativas em constante evolução dos consumidores modernos.

69 milhões de consumidores possuem compras parceladas, aponta CNDL/SPC Brasil

27 de março de 2025

Mais da metade dos consumidores admite que não faz controle dos pagamentos de compras parceladas. 33% já ficou com o nome sujo por causa de compras à prazo

O consumidor brasileiro tem o hábito de dividir o valor de uma compra em várias prestações. Isso já é uma característica do comportamento do nosso país e um grande aliado na hora de adquirir um bem. Por outro lado, se o consumidor não tiver controle financeiro e organização, isso pode virar um problema. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, aponta que 42% dos consumidores entrevistados tinham prestações de compras no cartão de crédito, cartão de lojas, crediário e/ou cheque pré-datado a pagar no mês anterior à pesquisa, resultando na estimativa de 68,7 milhões de consumidores com contas parceladas em janeiro de 2025. Os entrevistados afirmam ainda que possuem em média 4,6 parcelas de compras no crédito (1 prestação a menos em comparação com 2023).

De acordo com a pesquisa, os tipos de crédito mais utilizados nos últimos 12 meses foram cartão de crédito (74%), PIX parcelado (25%) e empréstimo pessoal (23%). Na comparação com 2023, houve um declínio de 5 pontos percentuais no financiamento (9%).

A forma preferida de parcelar compras da maioria dos entrevistados é através do cartão de crédito (69%), PIX parcelado (10%), crediário (5%) e cartão de loja (5%).

De acordo com o levantamento, 80% pretendiam realizar compras parceladas no mês ou no mês posterior à pesquisa, principalmente eletrônicos (20%), roupas, calçados e acessórios (19%), eletrodomésticos (18%), remédios (14%) e supermercado (14%).

Considerando os três meses anteriores à pesquisa (realizada em janeiro deste ano), 57% evitaram compras a crédito nos últimos 3 meses, sobretudo no cartão de crédito parcelado (26%), financiamento (17%), crediário (16%) e cartão de crédito à vista (16%).
Entre estes entrevistados que evitaram compras à prazo, 47% relatam já possuir muitos compromissos financeiros a pagar, 44% o medo de se desorganizar com o pagamento das parcelas e 21% estão inadimplentes.

“O crédito é um importante aliado na hora de adquirir um produto, por meio dele é possível antecipar a compra de bens que, de outro modo, só seriam conquistados depois de longo tempo de poupança. Mas é importante utilizar o crédito com cautela para evitar o endividamento excessivo. A inadimplência no país é muito alta e traz consequências negativas tanto para as famílias, quanto para a economia do país”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Débito é mais usual em supermercado, já vestuário e eletrônicos lideram as compras por cartão de crédito

A opção pelo pagamento à vista ou a prazo, por meio de alguma forma de crédito, depende em grande medida do tipo de bem considerado na compra. Para a maior parte dos bens e serviços considerados pela pesquisa, os consumidores demonstram preferência pelo pagamento à vista. E 62% receberam descontos para pagamento de compras à vista no último mês anterior a realização da pesquisa, sendo 11% a média de desconto.

O débito é mais usual em supermercado (29%). No caso do PIX, é mais utilizado em serviços de beleza (43%), comida fora de casa / delivery (40%), apps de transporte (35%) e remédios (28%). Já o cartão de crédito, se destaca no consumo de vestuário (34%) e eletroeletrônicos (44%).

Mais da metade não realiza controle do pagamento das prestações

De acordo com a pesquisa, para decidir sobre a contratação de uma modalidade de crédito, seja empréstimo, financiamento, cheque especial ou rotativo do cartão, 75% afirmam que verificam as tarifas e/ou juros cobrados ao contratar um crédito, seja os juros (53%) ou as tarifas (45%).

Os dados da pesquisa mostram que quase a metade dos entrevistados (49%) realizam o controle do pagamento das compras parceladas, sendo que 22% anotam em um caderno, agenda ou papel, 15% anotam em planilha no computador e 11% registram em aplicativo no celular. Por outro lado, 52% não fazem controle dos gastos.

O levantamento aponta ainda que 79% dos entrevistados possuem dívidas de compras parceladas a pagar nos próximos 3 meses e acreditam que terão condições de pagar, sendo que 63% irão pagar toda a dívida e 11% uma parte.

“Toda compra precisa ser bem avaliada antes de ser feita. Existem aplicativos e planilhas gratuitos disponíveis para o consumidor fazer seu controle financeiro. E na hora de parcelar uma compra, todas as taxas e juros devem ser negociados para evitar a inadimplência no futuro”, alerta a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges.

A pesquisa mostra os riscos da contratação de crédito pelo consumidor, uma vez que 33% admitiram ter ficado com o nome sujo devido a inadimplência no pagamento das compras parceladas realizadas nos últimos 12 meses da realização da pesquisa, sendo 18% devido ao cartão de crédito e 8% empréstimos.

A queda da renda (18%), ter que economizar e deixar de comprar coisas que gosta para o pagamento da dívida (14%) e não ter dinheiro disponível (11%) são as principais barreiras para quitação das dívidas em atraso. Percebe-se uma queda de 6 pontos percentuais pela razão do desemprego.

Os dados revelam que 76% afirmam ter ciência sobre o quanto do orçamento está comprometido com o pagamento de prestações das compras. De acordo com o levantamento, 34% dos entrevistados possuem até metade da sua renda mensal comprometida com pagamento de dívidas em atraso.

65% fizeram compras por impulso devido à facilidade de crédito. Lojas online e aplicativos são os principais vilões

Outro risco apontado pela pesquisa é a compra por impulso, muitas vezes motivada pelo crédito fácil. Questionados sobre a compra de itens que não precisavam e não tinham planejado comprar, 65% admitiram que acabaram cedendo a essa tentação no mês anterior a pesquisa, justamente pela facilidade de crédito, principalmente com compras de vestuário (23%), supermercado (19%), perfumes e cosméticos (17%) e remédios (13%).

As estratégias de marketing das empresas para fomentar o aumento do consumo mostram-se efetivas tanto no ambiente online quanto físico, revela a pesquisa. Para 46% dos entrevistados, as lojas online e aplicativos são os canais de compra que mais estimulam o consumo pelo crédito facilitado. Já 29% destacam as lojas de departamento, 26% lojas de shopping e outros 26% lojas de roupas, sapatos e acessórios.

Oito em cada dez entrevistados (85%) já foram abordados por bancos ou lojas/empresas lhe oferecendo cartões de crédito, sendo que 37% destes entrevistados aceitaram a proposta; principalmente se avaliarem que há necessidade (24%). Entretanto, 48% não aceitaram a oferta.

Nos últimos 6 meses de 2024, os entrevistados receberam por parte de bancos ou instituições financeiras, oferta de aumento de limite de cheque especial (23%), cartão de crédito (43%), cartão de loja (30%) ou empréstimo pré-aprovado (81%).

Entre os que receberam alguma oferta de aumento do limite, 51% acharam interessante, pois gostam de ter crédito disponível, 19% contestaram a oferta por não ter solicitado e 18% utilizaram o crédito, porque estavam precisando.

METODOLOGIA

Público-alvo: População internauta residente nas capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos
Método de coleta: pesquisa realizada via web.
Tamanho amostral: 643 casos e pós ponderada considerando as capitais do país e perfil. Margem de erro no geral de 3,86 p.p. para um intervalo de confiança a 95%.
Data de coleta: A coleta foi realizada entre os dias 02 e 10 de janeiro de 2025

Fonte: Varejo S.A

Prefeitura do Recife vai lançar medida para ampliar negócios e facilitar a formalização de empresas

25 de março de 2025

Gestão vai ampliar número de atividades econômicas que serão isentas de licenças de funcionamento

A Prefeitura do Recife vai anunciar, nos próximos dias, uma medida para acelerar a desburocratização e a formalização das empresas na capital pernambucana, com a ampliação de negócios que serão isentos de licenças de funcionamento. Com isso, subirá para 830 o número de atividades econômicas, registradas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), que terão maior facilidade para funcionar na cidade.
Atualmente, 802 CNAEs de baixo risco que atuam no Recife são isentos de licença de funcionamento. Após a formalização da medida, serão incluídos outros 28 setores, sendo parte deles negócios de médio risco, que precisam de autorizações específicas para funcionar, como algumas licenças sanitárias, urbanísticas e ambientais.
Em visita ao Diario de Pernambuco, nesta segunda-feira (24), o secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife, Carlos Andrade Lima, ressaltou que essa medida permitirá que mais empreendedores possam formalizar seus negócios no Recife, inclusive, atraindo mais empresas de fora da capital. As iniciativas fazem parte do Investe Recife, unidade da secretaria que tem como objetivo atrair novos investimentos para a capital e acompanhar os empreendimentos já existentes.
“Estamos conseguindo transformar o Recife na capital menos burocrática do país. Isso é uma cobrança do prefeito João Campos. Nós temos uma equipe de três pessoas estudando diariamente o que está acontecendo nas outras capitais e nas outras cidades e que pode ser implantado no Recife”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife.
Licenciamento unificado
Com parte das ações para desburocratizar os serviços de licenciamento no Recife, o secretário também destacou o Portal de Licenciamento Unificado (https://licenciamentounificado.recife.pe.gov.br/) que oferece atendimento online ao cidadão, como o acompanhamento de processos, inclusive de alvarás de funcionamento.

Como a sustentabilidade está redefinindo o varejo nacional

24 de março de 2025

Consumidores priorizam produtos e serviços de empresas que adotam práticas sustentáveis

A sustentabilidade tem se consolidado como um fator determinante no comportamento de compra dos brasileiros, influenciando diretamente o setor varejista. Uma pesquisa encomendada pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) revelou que 95% dos consumidores priorizam produtos e serviços de empresas que adotam práticas sustentáveis, e 64% já deixaram de consumir uma marca ou frequentar um estabelecimento ao constatar comportamentos antiéticos.

Apesar dessa tendência, o estudo “Impacto do ESG no Varejo 2024”, liderado pela Mosaiclab em parceria com o Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), apontou uma queda de 7% na importância das práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) nas decisões de compra dos consumidores brasileiros, passando de 50% em 2023 para 43% em 2024.

Essa aparente contradição pode ser explicada por barreiras econômicas, culturais e educacionais que dificultam a adoção de escolhas mais sustentáveis. Embora 88% dos consumidores considerem o tema importante, fatores como preços mais elevados de produtos sustentáveis ​​e falta de conhecimento sobre práticas ESG impedem que essa preocupação se traduza em ações concretas

Para os lojistas, investir em sustentabilidade não é apenas uma resposta às demandas dos consumidores, mas também uma estratégia para alcançar melhores resultados. Empresas que adotam práticas sustentáveis ​​tendem a melhorar sua confiança, fidelizar clientes e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.

Além disso, a sustentabilidade pode resultar em eficiência operacional e redução de custos.

Fonte: Varejo S.A

Promoções estratégicas: o que faz os consumidores voltarem

21 de março de 2025

A experiência do cliente é um diferencial crucial, estratégias de fidelização baseadas em promoções personalizadas são um investimento indispensável

A fidelização de clientes tornou-se essencial para o sucesso sustentável dos negócios. Uma das abordagens mais práticas para alcançar esse objetivo é a implementação de promoções direcionadas e personalizadas, que não apenas atraem consumidores, mas também os incentivam ao retorno. Para se ter ideia, segundo estudo da McKinsey, 71% dos consumidores esperam interações personalizadas com as empresas, e 76% se frustram quando isso não ocorre.

Essa expectativa reflete a necessidade de as empresas compreenderem os comportamentos e preferências individuais de seus clientes, oferecendo promoções que atendam às suas necessidades específicas.

As promoções direcionadas envolvem a segmentação do público-alvo e a personalização das ofertas com base em dados comportamentais e demográficos. Essa abordagem permite que as empresas criem experiências de compra mais satisfatórias e relevantes para os consumidores, aumentando as chances de fidelização.

Assim, a adoção de promoções personalizadas traz diversos benefícios, incluindo:

  • Aumento do ticket médio: ofertas condicionadas a volumes maiores ou combos incentivam os clientes a gastar mais.
  • Fidelização de clientes: ofertas exclusivas para clientes cadastrados criam um vínculo mais forte com o consumidor.
  • Maior giro de estoque: produtos que estão há mais tempo no estoque podem ser vendidos com descontos estratégicos.
  • Atração de novos consumidores: promoções criam urgência e aumentam a visibilidade da loja.

Preferências dos consumidores

No Brasil, os consumidores são atraídos por promoções que oferecem recompensas imediatas e benefícios claros. De acordo com estudo da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), pessoas preferem realizar suas compras em marcas que oferecem programas de fidelidade ou benefícios chega a 85,2%. Além disso, 80,9% dos respondentes participam de programas de fidelidade, sendo que 53,6% deles fazem parte de até três programas.

O mesmo levantamento aponta que entre as dez características de ações de fidelização que mais causam sensações positivas surgem, em empate técnico nos três primeiros lugares: obter cashback (33%), obter cupons de desconto (31,5%) e somar pontos (31,4%).

A tecnologia desempenha um papel central na personalização e gestão de promoções. Ferramentas de análise de dados de inteligência e artificial permitem identificar padrões de comportamento e criar ofertas direcionadas. Por exemplo, o uso de aplicativos móveis facilita a comunicação direta com o cliente, enviando promoções em tempo real com base em sua localização ou histórico de compras.

Sem contar que soluções omnichannel, que integram canais físicos e digitais, garantem uma experiência fluida. O consumidor pode, por exemplo, receber um desconto exclusivo por e-mail, utilizá-lo em uma loja online e retirar o produto em uma unidade física. Essa integração cria um relacionamento mais próximo com a marca e aumenta as chances de retorno.

Promoções estratégicas e personalizadas são uma ferramenta poderosa para engajar consumidores e garantir sua fidelidade. Ao investir em soluções tecnológicas, entender o comportamento do cliente e oferecer vantagens que realmente agreguem valor,mas também transformar clientes ocasionais em embaixadores da marca. Essa abordagem não só impulsiona as vendas, mas também fortalece o relacionamento com os consumidores, criando uma base sólida para o crescimento sustentável do negócio.

No cenário competitivo do varejo brasileiro, onde a experiência do cliente é um diferencial crucial, estratégias de fidelização baseadas em promoções personalizadas são um investimento indispensável. Marcas que atendem tecnologia, criatividade e um profundo conhecimento do público conquistam não apenas a preferência dos consumidores, mas também sua confiança e lealdade a longo prazo.

Como usar as redes sociais para alavancar negócios no varejo

20 de março de 2025

Estar presente nas redes sociais relevantes para o seu público, com uma estratégia bem definida e focada em construir relacionamentos

Em 2024, as redes sociais se consolidaram ainda mais como ferramentas essenciais para o networking e o crescimento dos negócios, especialmente no varejo, onde a conexão com o consumidor é fundamental. Mas como aproveitar ao máximo essas plataformas?

O cenário digital é dinâmico e os números mudam constantemente. No entanto, podemos observar tendências importantes. Dados da Statista mostram que o número de usuários de redes sociais em todo o mundo ultrapassou 4,7 bilhões em 2023. Já de acordo com o Relatório Digital 2024: 5 billion social media users, publicado em parceria entre We Are Social e Meltwater, o Brasil é o segundo país em que os usuários passam mais tempo on-line, com média de 9h13, atrás apenas da África do Sul com 9h24.

Embora nem todos esses usuários estejam em redes sociais, uma grande parcela utiliza essas plataformas, representando um mercado consumidor significativo para o varejo.

A força das redes sociais para os negócios

Para Daiani Lavino, arquiteta, urbanista e membra da CDL Jovem, um dos principais benefícios das redes sociais é a construção de comunidade e aumento da visibilidade. “O bom uso das redes sociais gera o aumento da visibilidade. A construção de um relacionamento mais próximo com os consumidores se torna mais fácil, pois essas plataformas permitem obter insights sobre o comportamento do público, conhecendo suas preferências e interesses. Hoje, as redes sociais, além de uma grande vitrine, tornaram-se uma via de mão dupla para os negócios varejistas, sendo uma importante ferramenta tanto para vendas quanto para a fidelização dos clientes”, explica a empresária.

Como usar as redes sociais?

Embora não haja uma fórmula única, alguns pontos podem ser fundamentais para aumentar o engajamento e fortalecer a presença digital da marca. O networking digital, por exemplo, é fundamental para o varejo. Estar presente nas redes sociais relevantes para o seu público, com uma estratégia bem definida e focada em construir relacionamentos, é o caminho para o sucesso. Segundo Daiani Lavino, ter empatia e oferecer um atendimento de qualidade são fundamentais para gerar um bom relacionamento. “O cliente precisa se sentir acolhido e ter suas mensagens respondidas de forma eficiente”, destaca.

A arquiteta e urbanista também lembra que a falta de informação sobre os produtos e o descaso com o pós-venda podem afastar clientes. “As fotos de qualidade e uma boa descrição das características dos produtos impulsionam a decisão de compra e fortalecem a confiança na marca”, alerta.

Abaixo alguns pontos interessantes das para se destacar nas principais redes:

  • LinkedIn: é a principal rede para networking profissional. Focar em um perfil completo e otimizado, com participação em grupos relevantes para o setor varejista, é crucial. O LinkedIn Sales Navigator pode ser uma ferramenta útil para identificar leads, embora seu custo deva ser considerado.
  • Instagram e TikTok: plataformas visuais são poderosas para o engajamento. Investir em conteúdo autêntico e de qualidade, que mostre os bastidores, depoimentos de clientes e promoções, é essencial. Utilizar hashtags relevantes e interagir com a comunidade aumenta o alcance orgânico. Dados do próprio Instagram mostram que a plataforma investe constantemente em ferramentas para negócios.
  • WhatsApp Business: com uma base enorme de usuários no Brasil, o WhatsApp Business facilita a comunicação direta com os clientes, permitindo atendimento personalizado, envio de promoções e atualizações. A integração com um CRM potencializa a organização e segmentação das mensagens.
  • Comunidades online: Segundo Daiani, webinars e grupos temáticos são formas eficazes de criar conexões valiosas no varejo. “Essas ações contribuem para a troca de ideias, aprendizado contínuo e geração de novas parcerias estratégicas”, destaca.

Criação de conteúdos estratégicos

Plataformas visuais como Instagram e TikTok são poderosas para engajamento. Por isso, algumas estratégias devem ser sempre colocadas na listinha de “checks” antes de iniciar a criação de conteúdo. “Primeiramente, é muito valoroso ter claro ‘os 4P’s do marketing’: preço, praça, produto e promoção. A partir disso se faz necessário trazer conteúdos oferecendo soluções reais para as necessidades do público. É interessante ensinar algo ao seu público, de preferência, utilizando os produtos a venda, assim, a peça/objeto torna-se desejada pelo público alvo e a venda é convertida com mais facilidade”, conta a membra da CDL Jovem, Daiani Lavino.

Ela também alerta sobre a escolha de influenciadores ou personagens para divulgação dos serviços. “Fala-se muito de autoridades e influenciadores, e é fato que utilizar nomes de peso ou especialistas aumentam a credibilidade da marca. Porém, é extremamente necessário escolher influenciadores que tenham compatibilidade com a marca – os valores e as crenças do influenciador precisam estar alinhados a empresa. Vale frisar que os ‘clientes reais’ também podem criar conteúdo, seja compartilhando experiências ou dando dicas de produtos e/ou usos afim de aumentar engajamento e credibilidade”, completa.

No mercado atual, em que os consumidores buscam mais do que apenas produtos, as redes sociais se tornaram um espaço fundamental para que as marcas construam presença digital e se diferenciem da concorrência. Quem investe em estratégias autênticas, se aproxima do público e se destaca no ambiente digital, tem mais chances de engajar e fidelizar clientes.

A era das redes sociais no varejo já é uma realidade consolidada, e os empreendedores que souberem aproveitá-la de forma estratégica certamente estarão à frente no mercado.

Fonte: Varejo S.A

Inadimplência atinge 68,76 milhões de consumidores em fevereiro

19 de março de 2025

Indicador aponta que 41,5% da população adulta está inadimplente. O número teve crescimento de 3,22% em fevereiro de 2025 em relação a fevereiro de 2024

O Indicador de Inadimplência realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,50%) estavam negativados em fevereiro de 2025, o que representa 68,76 milhões de consumidores. Em comparação com fevereiro de 2024, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 3,22% em fevereiro de 2025. Na passagem janeiro para fevereiro, o número de devedores caiu ‐0,04%.

A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em fevereiro deste ano ficou acima da observada no mês anterior.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES

Inadimplência atinge 68,76 milhões de consumidores em fevereiro, aponta CNDL/SPC Brasil

“A inadimplência no Brasil tem apresentado um crescimento constante, com poucas oscilações, enquanto a recuperação de crédito segue em declínio. A situação é preocupante e tende a se agravar, já que as taxas de juros, que já estão elevadas, têm previsão de alta. Além disso, a inflação nos alimentos tem pressionado o orçamento das famílias, reduzindo sua capacidade de honrar compromissos financeiros. O cenário se torna ainda mais preocupante diante da falta de avanços significativos na educação financeira do brasileiro”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR TEMPO DE ATRASO

Inadimplência atinge 68,76 milhões de consumidores em fevereiro, aponta CNDL/SPC Brasil

O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 3 a 4 anos (41,13%).

O número de devedores com participação mais expressiva em fevereiro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,81%). De acordo com a estimativa, são 17,03 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (50,13%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,08% mulheres e 48, 92% homens.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR FAIXA ETÁRIA E SEXO

Inadimplência atinge 68,76 milhões de consumidores em fevereiro, aponta CNDL/SPC Brasil

ESTIMATIVA DE INADIMPLENTES POR FAIXA ETÁRIA

CADA NEGATIVADO DEVE, EM MÉDIA, R$ 4.650,21. MAIOR PARTE DAS DÍVIDAS SÃO COM BANCOS

Em fevereiro de 2025, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.650,21 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,15 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR VALOR TOTAL DAS DÍVIDAS

Os dados ainda mostram que três em cada dez consumidores (30,32%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 43,93% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

Em fevereiro de 2025, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 5,29% em relação ao mesmo período de 2024. O dado observado em fevereiro deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de janeiro para fevereiro, o número de dívidas apresentou alta de 0,54%.

NÚMERO DE DÍVIDAS EM ATRASO

Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 8,62%. Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comércio (‐6,51%), Água e Luz (‐5,70%) e Comunicação (‐3,64%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

“Algumas estratégias podem ser fundamentais para reduzir a inadimplência e ajudar os consumidores a recuperarem sua saúde financeira. Investir em educação financeira, revisar cuidadosamente as despesas para identificar cortes possíveis e poupar um valor antes de renegociar a dívida são medidas que aumentam as chances de sair da inadimplência de forma sustentável, reduzindo o risco de reincidência. A inadimplência gera um efeito dominó que prejudica tanto a economia quanto a população. Programas de renegociação de dívidas promovidos pelo governo federal também podem ajudar a melhorar esta situação”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

NÚMERO DE DÍVIDAS EM ATRASO POR SETOR CREDOR

Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 66,50% do total. Na sequência, aparece Comércio (10,00%), o setor de Água e Luz com 9,77% e Outros com 8,07% do total de dívidas.

Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (10,41%), seguida pelo Norte (5,92%), Nordeste (4,28%), Sudeste (4,13%) e Sul (2,06%).

Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Centro‐Oeste, onde 45,23% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 37,05% da população adulta.

Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.

Fonte: Varejo S.A

CDL Recife realiza Pós-NRF e reúne profissionais do setor

17 de março de 2025

O evento aconteceu no Mar Hotel Conventions e trouxe as principais novidades abordadas na maior feira de varejo do mundo, a NRF Big Show Retail

Na última sexta-feira (14), a CDL Recife, em parceria com a Apesce, Aloshop, Sindilojas PE, FCDL PE e Smartshop, realizou o Pós-NRF Recife. Com palestra de Tiago Pessoa de Mello, o evento reuniu mais de 200 pessoas interessadas nos principais caminhos para o crescimento do seu negócio.

O tema da NRF, que aconteceu no início do ano em Nova Iorque, foi “A trilogia transformadora do varejo: pessoas, experiências e inteligência artificial”.  Tiago de Mello trouxe dicas de adaptação para os varejistas recifenses, com o avanço da IA, é preciso usar essa ferramenta ao seu favor no mercado.