Prévia da inflação sobe 0,48% em setembro

25 de setembro de 2025

prévia da inflação oficial de setembro ficou em 0,48%, impactada principalmente pelo preço da energia elétrica. Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em -0,14%.

Já em setembro de 2024 o indicador marcou 0,13%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula 5,32%. Os números foram divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pelos dados prévios, a inflação anual se mantém acima da meta do governo de 3% ao ano com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos, ou seja, indo no máximo a 4,5%.

alta da conta de luz é explicada pela “devolução” do Bônus Itaipu, desconto na conta de agosto que beneficiou 80,8 milhões de consumidores. Em setembro, sem o bônus, a fatura fica mais alta na comparação com o mês anterior.

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Influências

Dos cinco grupos de preços apurados pelo IBGE, cinco apresentaram alta na passagem de agosto para setembro:

– Habitação: 3,31

– Vestuário: 0,97

– Saúde e cuidados pessoais: 0,36

– Despesas pessoais: 0,20

– Educação: 0,03

– Comunicação: -0,08

– Artigos de residência: -0,16

– Transportes: -0,25

– Alimentação e bebidas: -0,35

A alta do grupo habitação respondeu por 0,5 p.p. do IPCA-15 de setembro. A energia elétrica residencial, que faz parte do grupamento, foi o maior impacto individual dos 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, subindo 12,17%, após a queda de 4,93% em agosto. O impacto só desse subitem ficou em 0,47 p.p.

Além do fim do bônus, a conta de luz sofre influência da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adicionou R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos.

cobrança extra é determinada pela Aneel para custear usinas termelétricas em tempos de baixa nos reservatórios das hidrelétricas. O adicional é necessário, pois a energia gerada pelas termelétricas é mais cara que a hidrelétrica.

Alimentos caem pelo 4º mês

A prévia da inflação mostra que os preços dos alimentos caíram pelo quarto mês seguido. Em setembro, o recuo foi 0,35% e impacto de -0,08 p.p. Em agosto, a queda foi 0,53%.

A alimentação no domicílio (-0,63%) foi influenciada pelas quedas do tomate (-17,49%), cebola (-8,65%), arroz (-2,91%) e café moído (-1,81%). No sentido inverso, as frutas subiram 1,03%, em média.

Em relação à alimentação fora do domicílio, o IPCA-15 mostra alta de 0,36%, abaixo do 0,71% de agosto, representando desaceleração.

IPCA-15 x IPCA

O IPCA-15 tem basicamente a mesma metodologia do IPCA, a chamada inflação oficial, que serve de base para a política de meta de inflação do governo.

A diferença está no período de coleta de preços e na abrangência geográfica. Na prévia, a pesquisa é feita e divulgada antes mesmo de acabar o mês de referência. Em relação à divulgação atual, o período de coleta foi de 15 de agosto a 15 de setembro.

Ambos os índices levam em consideração uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. Atualmente, o valor do mínimo é R$ 1.518.

O IPCA-15 coleta preços em 11 localidades do país (as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.); e o IPCA, 16 localidades (inclui Vitória, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju). O IPCA “cheio” de setembro será divulgado em 9 de outubro.

A cobrança extra é determinada pela Aneel para custear usinas termelétricas em tempos de baixa nos reservatórios das hidrelétricas. O adicional é necessário, pois a energia gerada pelas termelétricas é mais cara que a hidrelétrica.

FONTE AGÊNCIA BRASIL

OCDE: economia mundial resiste melhor que o previsto às tarifas de Trump

24 de setembro de 2025

A economia mundial resistirá melhor que o previsto em 2025 ao aumento expressivo das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embora seus efeitos ainda “não tenham sido plenamente sentidos”, afirmou nesta terça-feira (23) a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O crescimento mundial será de 3,2% em 2025, segundo o relatório da OCDE, que elevou a estimativa anterior, divulgada em junho, em 0,3 ponto percentual.

 

“O crescimento global permanece resiliente, respaldado pela antecipação do comércio e da produção antes da implementação de tarifas mais altas”, destaca o relatório trimestral da organização com sede em Paris.

A OCDE se aproxima assim da previsão divulgada em dezembro do ano passado, antes do retorno de Trump à Casa Branca, quando a organização projetava um aumento do PIB mundial de 3,3% em 2025. Para 2026, a previsão é de 2,9%, 0,4 ponto percentual a menos do que o cálculo do fim do ano passado.

Resistência “emergente”

A economia dos Estados Unidos deverá pagar em 2025 o preço da batalha tarifária iniciada por Washington, com uma desaceleração no crescimento a 1,8% e depois a 1,5% em 2026, contra o aumento de 2,8% no ano passado.

O crescimento na zona do euro passará de 1,2% em 2025 para 1% no ano seguinte. Entre suas principais economias, a Espanha deve registrar o maior avanço, 2,6% e 2%, respectivamente.

Em contrapartida, o crescimento resistirá este ano “em um grande número de economias de mercados emergentes”, destaca o relatório. A China registrará em 2025 uma expansão de 4,9% (+0,2, em relação à estimativa de junho), e de 4,4% (+0,1) em 2026.

O Brasil segue a mesma tendência, com o crescimento projetado de 2,3% e 1,7%, respectivamente. A economia do México crescerá 0,8% (+0,4) em 2025 e 1,3% (+0,2) no próximo ano.

A Argentina crescerá em 2025 menos que o previsto inicialmente em junho, a 4,5% (-0,7), segundo a OCDE, que mantém a projeção para 2026, a 4,3%.

Fatores de otimismo e preocupação

Trump impôs aumentos tarifários para a maioria dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, elevando a 19,5% a taxa efetiva das tarifas sobre os produtos que entram no mercado americano, o maior nível desde 1933, segundo a OCDE.

Entre os fatores de otimismo para este ano, a produção industrial avançou mais durante os primeiros seis meses do ano do que o ritmo médio em 2024 na maioria das economias avançadas, aponta a organização.

Além disso, “os efeitos dos aumentos nas tarifas ainda não foram plenamente sentidos, porque a aplicação de muitas mudanças tem sido gradual e as empresas inicialmente absorvem parte dos aumentos em suas margens”, acrescenta.

A OCDE alerta, no entanto, para o surgimento de “sinais de desaceleração” no crescimento da produção desde agosto, em particular na Coreia do Sul, Alemanha e Brasil; e no consumo nos Estados Unidos, zona do euro e China.

“Geralmente, quando a economia vai muito bem, o crescimento tende a permanecer em torno de 4%, então estamos longe disso”, destacou o economista-chefe da OCDE, Álvaro Pereira, durante uma entrevista à AFP.

Segundo o economista português, a organização “prevê uma inflação um pouco mais elevada, em particular nos Estados Unidos, mas não somente neste país, por exemplo, através do aumento dos preços dos alimentos em países como Japão e África do Sul”.

Entre outros fatores de preocupação, a OCDE menciona eventuais novos aumentos de tarifas, além de riscos orçamentários em um cenário de endividamento crescente na maioria das regiões e tensões sobre as taxas de juros para empréstimos.

FONTE ISTOÉ DINHEIRO

BNDES aprova R$ 1,2 bi para empresas afetadas pelo tarifaço

22 de setembro de 2025

Em dois dias após a abertura para pedidos, o plano Brasil Soberano aprovou R$ 1,2 bilhão em financiamento para empresas afetadas pelo tarifaço americano.

O plano de socorro a empresas exportadoras prevê um total de R$ 40 bilhões em crédito para negócios afetados pela barreira comercial que aplica taxas de até 50% às exportações brasileiras.

O balanço de pedido e aprovação foi divulgado na noite de sexta-feira (19) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), banco de fomento do governo federal.

No período, o total de pedidos de 533 empresas chegou a R$ 3,1 bilhão. Ou seja, 1,9 bilhão anda estão em análise.

O total de R$ 40 bilhões do Brasil Soberano inclui R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões de recursos do próprio BNDES.

Os recursos são emprestados a juros subsidiados, ou seja, mais baixo do que cobram os demais bancos. Uma das contrapartidas das empresas que se habilitam a receber os empréstimos é não realizar demissões.

Os financiamentos são para linhas de capital de giro (contas do dia a dia, como salário e pagamento de fornecedores), investimentos em adaptação da atividade produtiva, compra de máquinas e equipamentos e busca de novos mercados.

Quem pediu empréstimo

Enrte quinta (18) e sexta-feira (19), foram feitas 75 operações de crédito, todas na linha destinada a capital de giro.

Nos primeiros dias de aprovação, 84,1% dos pedidos aprovados foram empresas da indústria de transformação (seguimento que transforma matéria-prima em um produto final ou intermediário, que vai ser novamente modificado por outra indústria).

Em seguida aparecem agropecuária (6,1%), comércio e serviços (5,7%) e indústria extrativa (4,2%).

Quase um terço do valor total aprovado (30%) foi solicitado por pequenas e médias empresas.

Ao total, 2.236 empresas acessaram o sistema do BNDES para fazer consultas no Brasil Soberano, sendo 533 elegíveis, isto é, com pelo menos 5% do faturamento bruto total, no período de julho de 2024 a julho de 2025, composto por produto na lista de tarifação.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, aponta agilidade na aprovação de recursos e atribui isso ao compromisso do banco e 50 instituições financeiras parceiras.

“Nosso objetivo é proteger os empregos e fortalecer as empresas e a economia, inclusive estimulando a participação em novos mercados”, diz.

Dos valores ainda em análise, R$ 1,7 bilhão são referentes à linha destinada à busca de novos mercados.

Como acessar

O primeiro passo para acessar os recursos é consultar se a empresa é elegível para o plano de socorro. A consulta pode ser feita no site do BNDES.

Os interessados precisarão se autenticar utilizando a plataforma GOV.BR, exclusivamente por meio do certificado digital da empresa.

Caso o sistema indique que a empresa é apta ao crédito, a recomendação é entrar em contato com o banco com o qual já tem relacionamento. Grandes empresas podem procurar diretamente o BNDES.

Efeitos do tarifaço

Um levantamento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), entidade sem fins lucrativos que representa empresas que atuam no comércio entre os dois países, estima que as exportações de produtos afetados pelo tarifaço americano caíram 22,4% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2024.

Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, perdendo apenas para a China.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o tarifaço de 50% incide em cerca de um terço (35,9%) das exportações brasileiras para os Estados Unidos.

O governo de Donald Trump assinou uma ordem executiva que estipulou a cobrança de taxas de até 50% a partir de 6 de agosto, mas deixou cerca de 700 produtos em uma lista de exceções. Entre eles estão suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo motores, peças e componentes. Também ficaram de fora produtos como polpa de madeira, celulose, metais preciosos, energia e produtos energéticos.

>> Confira a lista de quase 700 produtos que não serão taxados pelos EUA

Trump alega que os americanos têm déficit comercial (compram mais do que vendem) com o Brasil – o que é desmentido por números oficiais de ambos os países.

O presidente americano usou como justificativa o tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que considera ser perseguido. Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, em julgamento que terminou na semana passada.

FONTE AGÊNCIA BRASIL

 

Comércio e serviços devem abrir 118 mil vagas para o fim do ano

19 de setembro de 2025

Um terço das empresas (33%) já contratou ou pretende contratar, sendo que, 20% desse grupo ainda não o fizeram, mas têm a intenção. A maioria, 59%, não deve contratar, especialmente as microempresas com até quatro funcionários  

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela a intenção de contratação de mão de obra para o fim do ano. De acordo com o levantamento, o comércio e os serviços devem abrir aproximadamente 118 mil vagas em todo o país, sejam temporárias, efetivas, informais e terceirizadas.

A pesquisa mostra que há uma movimentação significativa no mercado de trabalho sazonal. Um terço das empresas (33%) já contratou ou pretende contratar, sendo que, 20% desse grupo ainda não o fizeram, mas têm a intenção. A maioria, 59%, não deve contratar, especialmente as microempresas com até quatro funcionários.

O aumento da demanda no fim do ano continua sendo o principal motor das contratações no país. Segundo a pesquisa, 47% dos empresários afirmam que precisam reforçar as equipes para dar conta do movimento extra típico da época. Outros 22% citam a reposição de vagas em aberto por causa da alta rotatividade, enquanto 20% enxergam na contratação uma estratégia para elevar a qualidade dos serviços diante da concorrência acirrada.

Entre os que já contrataram ou planejam contratar, metade (50%) deve optar por temporários, com contratos que duram, em média, 2,5 meses — chegando a 2,9 meses nas capitais. Mas a boa notícia é que esse movimento pode se transformar em oportunidade permanente: 47% das empresas pretendem efetivar os profissionais temporários após o período. No total, cada empresa deve abrir, em média, 1,9 vaga neste fim de ano.

“Os dados da pesquisa são muito positivos, pois mostram que o comércio e os serviços estão se preparando para o aumento da demanda do fim de ano. As 118 mil vagas abertas representam uma grande oportunidade para profissionais que buscam uma recolocação ou um primeiro emprego, especialmente no setor de vendas. Além disso, a intenção de efetivação de quase metade dos contratados temporários reforça o papel estratégico dessas contratações para o desenvolvimento profissional e para a economia local”, avalia José César da Costa, presidente da CNDL.

Intenção de contratação e perfil das vagas

A maior parte dos empresários (65%) pretende manter o quadro de funcionários, enquanto 23% planejam aumentar a equipe. Apenas 3% indicam uma possível redução.
53% pretendem contratar funcionários registrados pela empresa, 41% sem carteira assinada e 18% terceirizados. Entre as vagas que serão abertas, a maioria (87%) é para trabalho presencial. As funções mais demandadas são: vendedor 31% (predominantemente no comércio), cabeleireiro (a) (8%), ajudante (6%), manicure (6%), balconista (6%).
24% pretendem iniciar as contratações em outubro (um aumento de 9 p.p.em relação a 2024), 21% em novembro e 15% em setembro.

Remuneração e benefícios

A remuneração média oferecida será de R$ 1.819,36. Cerca de 39% das empresas pagarão um salário-mínimo (R$ 1.518,00), e outros 39% oferecerão até dois salários-mínimos (R$ 3.036,00). A jornada de trabalho média é de 7h8min por dia.

O levantamento mostra ainda que mais da metade das empresas que pretendem contratar (56%) oferecem algum tipo de benefício, como vale-transporte (77%), vale-alimentação ou refeição (60%) e participação nos lucros ou comissões (16%).

O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, ressalta que, apesar do cenário de instabilidade econômica citado por 32% das empresas que não pretendem contratar, a perspectiva geral é de otimismo. “O brasileiro está buscando oportunidades, e o mercado está se movimentando para atender a essa demanda. Acreditamos que o segundo semestre será um período de crescimento para os pequenos e médios negócios, que são a espinha dorsal da nossa economia”, conclui Pellizzaro.

Fonte: CNDL

Vem Pro Centro Premiado

18 de setembro de 2025

Estão participando mais de 1.500 estabelecimentos dos bairros de São José, Santo Antônio e Boa Vista. Serão sorteados um caminhão de prêmios e duas bicicletas

Para aquecer os negócios do comércio do Centro do Recife, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife) lançou a campanha Vem Pro Centro Premiado 2025. A iniciativa – realizada pela primeira vez – acontece entre os dias 16 e 20 de setembro e contará com ações promocionais e sorteio de prêmios. Serão sorteados um caminhão de prêmios e duas bicicletas aro 29. Estão participando mais de 1.500 estabelecimentos, dos bairros de São José, Santo Antônio e Boa Vista, inclusive do Shopping Boa Vista.

Segundo o presidente da CDL Recife, Fred Leal, a intenção é atrair o público para fazer suas compras no Centro e movimentar o comércio local. “A CDL Recife está empenhada em promover o comércio do Centro do Recife. Essa nova ação, exclusiva para o comércio local, irá trazer um novo fôlego nas vendas para que os lojistas se preparem para as demandas de final de ano”, observou Fred Leal, também presidente do Sindilojas Recife. O representante do varejo recifense informou que as principais ruas da região central receberão faixas e as lojas participantes da campanha estarão sinalizadas.

Saiba como concorrer

Para concorrer à premiação, basta cadastrar no site www.vemprocentropremiado.com.br o comprovante de compra, em que conste nele o CNPJ, valor, data e endereço do estabelecimento. A cada R$50,00 em compras, nas lojas participantes do Centro, os clientes terão direito a três cupons. O sorteio será no dia 26 de setembro, às 10h, na sede da CDL Recife, na Boa Vista, e será transmitido ao vivo pelas redes sociais da campanha.

O Vem Pro Centro Premiado é uma realização da CDL Recife, com apoio da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Governo de Pernambuco, Recentro, Prefeitura do Recife, New Bike, Sindilojas Recife, Café do Mercado e Shopping Boa Vista.

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Panorama do Comércio: PIB confirma ritmo mais lento em 2025

O desempenho da economia brasileira no primeiro semestre de 2025 confirmou as expectativas de crescimento mais moderado. Dados do IBGE apontam avanço de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no período, abaixo dos 3,4% registrados em 2024. A diferença sinaliza uma desaceleração já prevista por analistas, que projetavam algo próximo de 2,2% para o ano.

O varejo ampliado acumulou alta de 1,7% nos 12 meses encerrados em julho, ritmo menor do que o observado no ano anterior. Os juros mais altos têm freado o consumo de bens de maior valor, tradicionalmente adquiridos via crédito. Entre os segmentos, veículos e materiais de construção perderam força, enquanto supermercados e móveis conseguiram acelerar suas vendas.

A percepção dos empresários também reflete esse cenário. O índice de confiança do comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou queda nos últimos levantamentos, revelando maior cautela em relação aos próximos meses.

Inflação ainda desafiadora

No campo dos preços, a inflação segue pressionada. O IPCA acumulou alta de 5,1% em 12 meses, permanecendo acima da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN). O peso maior vem dos serviços, ainda com inflação elevada. Apesar disso, a variação mensal trouxe algum alívio, com desaceleração entre julho e agosto, mantendo as expectativas de que a inflação possa ceder até o fim do ano — desde que não ocorram novos choques.

Crédito caro e inadimplência em alta

Outro ponto de atenção está no mercado de crédito. As taxas de juros cobradas de consumidores e empresas avançaram, acompanhadas pelo aumento da inadimplência. Os dados da CNDL confirmam esse movimento, acendendo o alerta para o risco de endividamento excessivo das famílias.

Em contrapartida, informações recentes do Banco Mundial mostram um crescimento no acesso da população brasileira aos serviços financeiros. Essa expansão da bancarização é positiva para o desenvolvimento econômico de longo prazo, desde que acompanhada de políticas responsáveis para evitar superendividamento.

Fonte: Varejo S.A.

PIB cresce 0,4% no segundo trimestre, mostra IBGE

4 de setembro de 2025

Economia brasileira atinge maior patamar da série histórica

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre do ano. Com esse resultado, o PIB atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em 1996. 

Em relação ao segundo trimestre de 2024, a atividade econômica brasileira teve alta de 2,2%. No semestre e no acumulado em quatro trimestres, o PIB cresceu 2,5% e 3,2%, respectivamente.

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) foi divulgado na manhã desta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o instituto, o PIB brasileiro chega a R$ R$ 3,2 trilhões.

A variação positiva no trimestre ante trimestre é a 16ª seguida, ou seja, desde o segundo trimestre de 2021 (-0,6%).

Setores

O PIB pode ser calculado pela ótica da produção (análise do desempenho das atividades econômicas) ou do consumo (gastos e investimentos).

Pelo lado da oferta, as expansões dos serviços (0,6%) e da indústria (0,5%) compensaram o recuo da agropecuária (-0,1%). O consumo das famílias cresceu 0,5%, enquanto o consumo do governo caiu 0,6%, e investimentos tiveram perda de 2,2%.

Os serviços e consumo das famílias atingiram patamares recordes.

Em relação ao segundo semestre de 2024, a alta de 2,2% foi puxada pela agropecuária, que deu um salto de 10,1%, impulsionado pelo ganho de produtividade de alguns produtos da lavoura.

Freio dos juros

O resultado de 0,4% no trimestre é uma desaceleração, uma vez que no primeiro trimestre, houve alta de 1,3%.

A coordenadora da Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a perda de ritmo de crescimento era esperada por causa da política monetária restritiva, ou seja, juros altos.

“As atividades indústrias de transformação e construção, que dependem de crédito, são mais afetadas nesse cenário”, avalia ela, acrescentando que os efeitos negativos na construção e na produção de bens de capital [máquinas e equipamentos] ajudam a explicar a queda nos investimentos.”

A pesquisadora explica que o setor de serviços é menos impactado por essa política restritiva.

“Foi uma alta disseminada pelo setor e puxada pelas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; informação e comunicação, impulsionado pelo desenvolvimento de software, e transporte, armazenagem e correio, puxado por transporte de passageiros”, descreve.

A escalada dos juros começou em setembro do ano passado, quando a taxa básica (Selic) saiu de 10,5% ao ano e, gradativamente, chegou aos atuais 15%, maior nível desde julho de 2006 (15,25%).

A taxa Selic é decidida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e consiste na principal forma de a instituição fazer a inflação convergir para a meta estipulada pelo governo ─ de 3% ao ano com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Desde setembro de 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está acima do teto da meta (4,5%).

Uma face do juro alto é o efeito contracionista, que combate a inflação. A elevação da taxa faz com que empréstimos fiquem mais caros – seja para pessoa física ou empresas ─ e desestimula investimentos, uma vez que pode valer mais a pena manter o dinheiro investido, rendendo juros altos, do que arriscar em atividades produtivas.

Esse conjunto de efeitos freia a economia. Daí vem o reflexo negativo: menos atividade tende a ser sinônimo de menos emprego e renda. De acordo com o Banco Central, o efeito da Selic na inflação leva de seis a nove meses para se tornar significativo.

Expectativa para 2025

Na segunda-feira (1º) o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que traz expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Em relação ao PIB fechado de 2025, o mercado estima crescimento de 2,19%. 

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda calcula expansão de 2,5% em 2025, de acordo com a edição de julho do bimestral Boletim Macrofiscal.

Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando a economia cresceu 4,8%.

O que é o PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) é o conjunto de todos os bens e serviços produzidos em uma localidade em determinado período. Com o dado, é possível traçar o comportamento da economia do país, estado ou cidade, assim como fazer comparações internacionais.

O PIB é calculado com o auxílio de diversas pesquisas setoriais, como comércio, serviços e indústria.

Durante o cálculo, há cuidados para não haver dupla contagem. Um exemplo: se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão.

Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Dessa forma, levam em consideração também os impostos cobrados.

O PIB ajuda a compreender a realidade de um país, mas não expressa fatores como distribuição de renda e condição de vida. É possível, por exemplo, um país ter PIB alto e padrão de vida relativamente baixo, assim como pode haver nação com PIB baixo e altíssima qualidade de vida.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

PIB do 2º tri deve mostrar economia desacelerada, com impacto dos juros e incertezas

2 de setembro de 2025

Indicadores antecedentes, incluindo dados mais fracos de produção, volume de serviços e índices de confiança, reforçam a visão de uma economia em trajetória mais moderada

A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do 2º trimestre, nesta terça-feira (2), deve mostrar uma desaceleração significativa em relação ao desempenho forte do início do ano.

O quadro geral estimado por economistas e instituições financeiras é de que o freio dos juros altos, somado às incertezas globais com as tarifas recíprocas de Donald Trump, começam a repercutir na atividade econômica, reduzindo gradualmente o crescimento até o fim do ano.

As projeções apontam que o PIB do 2º trimestre terá alta de 0,3% sobre o trimestre anterior, e de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado, após avanço de 1,4% no 1º trimestre, de acordo com o ASA Investimentos e o Banco Pine. O Banco Daycoval estima crescimento de 0,5% e 2,4%.

“Todo o avanço da economia em 2025 deve ficar concentrado no primeiro semestre, diante do impacto prolongado das condições financeiras restritivas e do ambiente global mais incerto sobre a atividade doméstica”, avalia Cristiano Oliveira, diretor de pesquisa macroeconômica do Banco Pine.

A análise do Daycoval destaca um risco de baixa na indústria da transformação, que deve registrar atividade mais fraca, e no varejo, afetando o consumo das famílias.

Os riscos de alta vêm de uma possível resiliência do setor automotivo e dos efeitos indiretos da safra sobre os transportes e logística.

Oferta

Pelo lado da oferta, a agropecuária, que impulsionou o crescimento no início do ano com a supersafra de 2025, deve perder fôlego no 2° trimestre pela sazonalidade do efeito, avalia o economista Leonardo Costa, do ASA. “O quadro sugere que a economia entrou em trajetória mais moderada de crescimento após o impulso inicial da safra”, afirma.

O Banco Pine destaca que a agropecuária retraiu -1,7%, após registrar forte avanço trimestral no período anterior, com alta de 12,2%. Para o Departamento de Pesquisa Econômica do Daycoval, o agro deve trazer dados positivos, mas com viés de desaceleração.

Na indústria, Costa projeta desaceleração, como já mostraram os dados setoriais do IBGE. Em junho, a produção industrial teve alta de 0,1%, na comparação com o mês anterior e queda de 1,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os números vieram abaixo da projeção, que era de 0,4% na base mensal e de 0,6% na base anual.

Indicadores antecedentes, incluindo dados mais fracos de produção, volume de serviços e índices de confiança, reforçam a visão de uma economia em trajetória mais moderada, de acordo com Oliveira.

Demanda

A ótica da demanda traz um destaque negativo para a formação bruta de capital fixo. A projeção do Banco Pine é de que os investimentos devem recuar 2,3% no trimestre — o primeiro recuo após seis trimestres consecutivos de expansão.

Essa queda está associada a uma taxa de juros real elevada e ao aumento das incertezas no cenário global, que desestimularam o investimento, avalia Oliveira.

O consumo das famílias, em especial nos bens sensíveis ao crédito, e os gastos do governo devem, por sua vez, continuar em leve crescimento – projetado em 0,3% –, acompanhado também por um recuo das importações (-1,8%) e uma pequena melhora nas exportações (0,7%), na projeção do Pine.

Projeções

De acordo com Oliveira, se as estimativas estiverem corretas, o carregamento estatístico para o restante do ano será de 2,4%.

No terceiro trimestre, a estimativa é de crescimento de 0,1% comparado ao segundo tri, projeta o Pine, que vê um fechamento gradual do hiato do produto devido à política monetária restritiva.

“A maior parte das simulações mostra que entre o 3T e 4T de 2026 o hiato estará próximo da neutralidade sem provocar retração severa da economia brasileira”, aponta o relatório do Pine.

Nas projeções do Daycoval, o PIB do terceiro trimestre deve fechar com alta de 0,1%, seguido por recuo -0,1% no quarto tri. A projeção anual é de PIB fechando 2025 em 2,2% 1,9% em 2026.

Para a instituição, o recuo no hiato do produto e nas expectativas de mercado para o IPCA abrem espaço para que o Comitê de Política Monetária (Copom) inicie o ciclo de corte de juros ainda no último trimestre de 2025.

FONTE: InfoManey

Reincidência na inadimplência atinge 83,16%

26 de agosto de 2025

Reincidência na inadimplência atinge 83,16% e recuperação de crédito sofre queda mais acentuada em julho, aponta CNDL / SPC Brasil

Em julho de 2025, do total de negativações, 83,16% foram de devedores reincidentes

O cenário do endividamento no Brasil continua a demonstrar desafios persistentes, com a proporção de devedores reincidentes mantendo-se em patamares elevados e a recuperação de crédito registrando uma queda ainda mais acentuada. Em julho de 2025, o Indicador de Reincidência de Pessoas Físicas, apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), revelou que a grande maioria dos consumidores negativados já havia figurado nas listas de inadimplentes. Em julho de 2025, do total de negativações, 83,16% foram de devedores reincidentes, ou seja, consumidores que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.

Dentro do universo de reincidência de julho, a maior parte, 61,58%, ainda não havia quitado as pendências antigas e foi negativada novamente. Outros 21,58% tinham saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram. Apenas 16,84% dos negativados em julho não estiveram com restrições no CPF ao longo do último ano.

Um dado de atenção é o tempo médio decorrido entre o vencimento de uma dívida e o vencimento de demais pendências para a reincidência: em julho, esse período foi de 74,4 dias. Isso significa que, em média, após cerca de 2,5 meses do vencimento de uma dívida negativada, outra dívida já vence.

Os dados do indicador mostram que, nos últimos 12 meses encerrados em julho de 2025, houve um crescimento de 1,33% no número de devedores reincidentes, aqueles que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes no período analisado. A comparação é com os 12 meses anteriores.

José César da Costa, presidente da CNDL, destaca a persistência do ciclo de endividamento. “O ciclo de endividamento no Brasil é profundamente complexo, o percentual de mais de 83% ainda é alarmante e demonstra que a maioria dos brasileiros que caem na inadimplência tem grande dificuldade em sair dela permanentemente. As condições econômicas, como a alta taxa de juros e a dificuldade de acesso a crédito mais justo, perpetuam um cenário onde quitar uma dívida muitas vezes não impede que outra se forme rapidamente. É fundamental que as políticas de educação financeira e renegociação sejam cada vez mais eficientes e acessíveis para quebrar esse ciclo vicioso e promover uma recuperação financeira mais duradoura para as famílias.”, destaca Costa.

Perfil dos devedores reincidentes

A análise do perfil dos devedores reincidentes em julho de 2025 aponta que a faixa etária de 30 a 39 anos continua sendo a mais representativa, com 25,36% do total. Quanto à participação por sexo, a distribuição se mantém equilibrada: 52,97% mulheres e 47,03% homens.

O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil mostra a evolução do número de consumidores que deixaram os cadastros de inadimplentes por terem realizado o pagamento das suas dívidas em atraso. São utilizadas as informações de saídas de CPFs das bases às quais o SPC Brasil tem acesso. Em conjunto com os dados de reincidência, esses dados permitem melhor monitoramento da inadimplência no país, que atinge cerca de 42,91% da população adulta.

Recuperação de Crédito piora e queda se concentra em dívidas de longo prazo

Paralelamente à alta reincidência, o Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas, que acompanha o número de consumidores que conseguiram sair dos cadastros de inadimplentes, registrou uma queda ainda mais acentuada. Nos 12 meses encerrados em julho de 2025, houve uma redução de 12,61% no número de consumidores que limparam o nome, em comparação com os 12 meses anteriores. Este dado representa uma piora em relação à queda de -12,57% observada em junho para o mesmo período.

Reincidência na inadimplência atinge 83,16% e recuperação de crédito sofre queda mais acentuada em julho, aponta CNDL / SPC Brasil
Em julho de 2025, do total de negativações, 83,16% foram de devedores reincidentes

DESTAQUE, PESQUISAS 22 de agosto de 2025 por Marina Barbosa

Indicador de Reincidência aponta que 83,48% dos que atrasaram contas em maio retornaram para a negativação, diz indicador da CNDL/SPC Brasil
O cenário do endividamento no Brasil continua a demonstrar desafios persistentes, com a proporção de devedores reincidentes mantendo-se em patamares elevados e a recuperação de crédito registrando uma queda ainda mais acentuada. Em julho de 2025, o Indicador de Reincidência de Pessoas Físicas, apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), revelou que a grande maioria dos consumidores negativados já havia figurado nas listas de inadimplentes. Em julho de 2025, do total de negativações, 83,16% foram de devedores reincidentes, ou seja, consumidores que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.

Dentro do universo de reincidência de julho, a maior parte, 61,58%, ainda não havia quitado as pendências antigas e foi negativada novamente. Outros 21,58% tinham saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram. Apenas 16,84% dos negativados em julho não estiveram com restrições no CPF ao longo do último ano.

Um dado de atenção é o tempo médio decorrido entre o vencimento de uma dívida e o vencimento de demais pendências para a reincidência: em julho, esse período foi de 74,4 dias. Isso significa que, em média, após cerca de 2,5 meses do vencimento de uma dívida negativada, outra dívida já vence.

Os dados do indicador mostram que, nos últimos 12 meses encerrados em julho de 2025, houve um crescimento de 1,33% no número de devedores reincidentes, aqueles que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes no período analisado. A comparação é com os 12 meses anteriores.

José César da Costa, presidente da CNDL, destaca a persistência do ciclo de endividamento. “O ciclo de endividamento no Brasil é profundamente complexo, o percentual de mais de 83% ainda é alarmante e demonstra que a maioria dos brasileiros que caem na inadimplência tem grande dificuldade em sair dela permanentemente. As condições econômicas, como a alta taxa de juros e a dificuldade de acesso a crédito mais justo, perpetuam um cenário onde quitar uma dívida muitas vezes não impede que outra se forme rapidamente. É fundamental que as políticas de educação financeira e renegociação sejam cada vez mais eficientes e acessíveis para quebrar esse ciclo vicioso e promover uma recuperação financeira mais duradoura para as famílias.”, destaca Costa.

Perfil dos devedores reincidentes

A análise do perfil dos devedores reincidentes em julho de 2025 aponta que a faixa etária de 30 a 39 anos continua sendo a mais representativa, com 25,36% do total. Quanto à participação por sexo, a distribuição se mantém equilibrada: 52,97% mulheres e 47,03% homens.

Reincidência na inadimplência atinge 83,16% e recuperação de crédito sofre queda mais acentuada em julho, aponta CNDL / SPC Brasil

O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil mostra a evolução do número de consumidores que deixaram os cadastros de inadimplentes por terem realizado o pagamento das suas dívidas em atraso. São utilizadas as informações de saídas de CPFs das bases às quais o SPC Brasil tem acesso. Em conjunto com os dados de reincidência, esses dados permitem melhor monitoramento da inadimplência no país, que atinge cerca de 42,91% da população adulta.

Recuperação de Crédito piora e queda se concentra em dívidas de longo prazo

Paralelamente à alta reincidência, o Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas, que acompanha o número de consumidores que conseguiram sair dos cadastros de inadimplentes, registrou uma queda ainda mais acentuada. Nos 12 meses encerrados em julho de 2025, houve uma redução de 12,61% no número de consumidores que limparam o nome, em comparação com os 12 meses anteriores. Este dado representa uma piora em relação à queda de -12,57% observada em junho para o mesmo período.

Reincidência na inadimplência atinge 83,16% e recuperação de crédito sofre queda mais acentuada em julho, aponta CNDL / SPC Brasil

A queda do indicador acumulado em 12 meses se concentrou na diminuição da recuperação de consumidores que levaram de 4 a 5 anos (‐20,96%) para efetuarem o pagamento de todas suas dívidas.

Em junho, a queda nessa mesma faixa (4 a 5 anos) era de -17,80%. O aprofundamento dessa queda na faixa mais longa indica uma dificuldade crescente e prolongada para resolver dívidas mais antigas e complexas. O tempo médio para pagamento das dívidas, para aqueles que recuperaram o crédito, foi de 9,5 meses em julho.

Ao observar o perfil dos consumidores que efetivamente recuperaram o crédito em julho, a faixa etária de 50 a 64 anos teve a maior participação, com 23,92% do total. A idade média dos consumidores recuperados em julho foi de 47 anos. A participação por sexo segue a tendência geral, com 51,72% de mulheres e 48,28% de homens entre os que quitaram suas dívidas.

O valor médio pago por consumidor recuperado em julho de 2025 foi de R$ 2.295,63 na soma de todas as dívidas que tinha. Os dados ainda mostram que 60,68% pagaram até R$ 500 nas dívidas que possuíam.

“O problema financeiro da população brasileira não está, majoritariamente, nas grandes dívidas, mas sim na incapacidade de lidar com pequenas pendências. Quase 31% das dívidas em atraso não ultrapassam R$ 500, e 43,42% ficam abaixo de R$ 1.000, valores que, somados a juros altos e falta de planejamento, tornam-se impagáveis. Entre os que conseguiram se recuperar, 60,68% quitaram dívidas de até R$ 500, em um processo que levou, em média, 9,5 meses. Isto mostra que até pequenos débitos exigem esforço prolongado para serem resolvidos. A queda de 20,96% na recuperação de consumidores com dívidas entre 4 e 5 anos indica desistência ou exclusão permanente. A reincidência e o abandono do processo de regularização são sintomas de um sistema de crédito desajustado, em que o brasileiro é empurrado ao endividamento crônico, muitas vezes sem instrumentos para sair dele com dignidade e estabilidade”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

Fonte: Varejo S.A.

CDL Recife participa no 2° Encontro de Entidades Estratégicas do SPC Brasil

22 de agosto de 2025

CDL Recife marcou presença no 2° Encontro de Entidades Estratégicas do SPC Brasil, representada por Dayanne Dinoá (Gerente Comercial) e Márcia Gonçalves (Gerente de Recuperação de Crédito).

O evento faz parte do calendário de imersões estratégicas do SPC Brasil, que tem como objetivo promover o intercâmbio de soluções inovadoras para sua atuação em todo o território nacional, com base em novas tecnologias aplicáveis ao contexto do varejo.

CDL recife promove Devolutiva do Seminário Sobre Pessoas em Situação de Rua no Centro

A CDL Recife, em parceria com a OAB-PE, promoveu a devolutiva do Seminário Pessoas em Situação de Rua no Centro do Recife: Problemas e Soluções”, realizado na sede da Ordem.

O encontro reuniu Governo do Estado, Prefeitura do Recife, Guarda Municipal, representantes do Judiciário, comerciantes e organizações sociais para debater soluções coletivas para os desafios entorno da população de rua no centro do Recife.

Foram discutidas questões como moradia, segurança alimentar, saúde mental, empregabilidade e integração de políticas públicas, resultando em propostas de acolhimento humanizado, capacitação profissional, parcerias empresariais e campanhas educativas contra o preconceito.

No evento, foi proposta a criação de um Conselho/Comitê de Governança, liderado pela CDL Recife e pela OAB-PE, com a missão de articular e acompanhar o Plano de Ação que transformará os debates em resultados práticos para a cidade.

37% dos inadimplentes não fazem controle das contas e dos gastos

18 de agosto de 2025

A inadimplência dos consumidores do Brasil atingiu patamares recorde, o que evidencia a dificuldade do brasileiro em manter suas contas em dia. O cenário de juros elevados e de renda baixa são desafios do poder público, mas a falta de educação financeira dos consumidores também é um componente importante neste contexto. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, realizada com consumidores com contas em atraso há pelo menos três meses, 37% dos inadimplentes residentes nas capitais do país admitem que não fazem gestão dos próprios ganhos e gastos, sobretudo porque fazem o controle de cabeça (17%).

As principais razões da falta de controle orçamentário citadas pelos inadimplentes sugerem que a resistência ao controle financeiro não ocorre apenas pela falta de interesse, mas também por experiências frustrantes e por desafios estruturais relacionados à instabilidade da renda: 16% afirmaram que já observaram seus gastos, mas não observaram resultados significativos, o que os desmotivou a persistir na prática. Além disso, 15% atribuem a falta de controle à ausência de disciplina para gerenciar as despesas. Já 14% destacam a dificuldade de manter um rendimento fixo ou o desconhecimento exato de seus ganhos monetários.

“É preocupante que um percentual tão expressivo da população não utilize um método sistemático para organizar seu orçamento. Não importa a ferramenta, o importante é que o consumidor não se desorganize financeiramente. O fundamental é sempre registrar tudo o que se ganha e se gasta, e jamais confiar na memória porque ela falha”, alerta o presidente da CNDL, José César da Costa.

O levantamento mostra ainda que 63% dos consumidores fazem o controle do orçamento, principalmente usando o caderno de anotações (27%) e planilha no computador (23%).

Entre os que controlam seu orçamento, a maior parte das anotações refere-se às despesas essenciais como mantimentos, produtos de higiene, luz, água, aluguel, condomínio, mensalidades de escolas (85%).

Já 77% controlam os rendimentos considerando a soma de todo dinheiro que recebem como salário, mesadas, aluguéis, ajuda de familiares, “bicos”, pensão, aposentadoria. Em seguida, 75% monitoram as prestações de compras de itens como roupas, imóvel, carro etc., enquanto 70% controlam os gastos não essenciais, como salão de beleza, lazer, saídas a bares e restaurantes, lanches, estacionamentos, taxi, roupa e presentes.

35% dos inadimplentes estão esperando ganhar mais dinheiro para começar a organizar a vida financeira

Para quase metade dos entrevistados (47%), a inadimplência foi um episódio isolado, uma vez que enfrentaram essa dificuldade financeira pela primeira vez. Em contrapartida, 26% afirmaram que essa situação se repetiu, caracterizando uma segunda ocorrência, enquanto 17% afirmaram que a inadimplência é um acontecimento recorrente.

Para entender melhor a forma como os consumidores percebem sua vida financeira, a pesquisa investigou afirmações que mais faziam sentido para os entrevistados, revelando padrões de comportamento, desafios enfrentados e mudanças na gestão do orçamento, sendo as de maior concordância: 41% buscam o melhor custo benefício em todas as compras, 35% estão esperando ganhar mais dinheiro para começar a organizar a minha vida financeira, 29% buscam estar sempre informado sobre finanças, organização e educação financeira e 28% admitem que às vezes se descontrolam e gastam mais do que deveriam.

Apesar das dificuldades financeiras, a autopercepção dos inadimplentes sobre a gestão do orçamento é bastante diversificada evidenciando a diferença entre conhecimento e execução do controle dos gastos. 41% avaliam seu conhecimento ótimo ou bom, enquanto 39% o classificam como regular e 18% como ruim ou péssimo.

“Os dados indicam que, para muitos, a gestão de dívidas se torna um desafio contínuo. Embora uma parte significativa das pessoas experimente a inadimplência como um evento isolado, muitas dificuldades recorrentes como instabilidade de renda, falta de planejamento financeiro e controle dos gastos eficaz dificultam os consumidores de saírem da inadimplência”, destaca Costa.

Metodologia

Público-alvo: consumidores com contas em atraso há mais de 3 meses, de todas as capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas.

Método de coleta: pesquisa realizada via web e pós-ponderada por sexo, idade, estado, renda e escolaridade.

Tamanho amostral da Pesquisa: 600 casos, gerando uma margem de erro no geral de 4 p. p. para um intervalo de confiança a 95%.

Data de coleta dos dados: 22 a 30 de janeiro de 2025.

Fonte: CNDL e SPC Brasil