PIX é o meio de pagamento mais utilizado por 76% dos consumidores, aponta CNDL/SPC Brasil

13 de fevereiro de 2025
PIX predomina nas lojas físicas, online e no pagamento de contas de consumo como água, luz e telefone. 83% já fizeram pagamento por QR Code e 78% por aproximaçã

O sistema de pagamento via PIX mudou o comportamento dos consumidores brasileiros que aderiram no seu dia a dia esta forma de fazer transações financeiras. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, aponta que os meios de pagamentos mais utilizados no dia a dia dos consumidores do país são o PIX (76%), cartão de débito (42%), cartão de crédito (35%) e por último o dinheiro (21%).

Os motivos destacados pelos consumidores pela preferência do uso do PIX são: rapidez e praticidade (71%), segurança (30%) e maior aceitação nas lojas (25%). No caso dos que preferem o cartão de crédito, as razões são o maior prazo para pagamento (55%), gosto pelo parcelamento das compras (46%) e rapidez e praticidade (42%).

Já quem usa principalmente o cartão de débito, as principais justificativas foram rapidez e praticidade (53%), permitir melhor controle dos gastos (30%) e evitar o parcelamento de compras (30%). E no caso do dinheiro físico, os consumidores destacam a rapidez e praticidade (40%), segurança (29%) e obtenção de mais desconto nas compras (26%).

De acordo com a pesquisa, o PIX predomina como principal meio de pagamento nos canais de compra de lojas físicas, online e também nas contas de consumo como água, luz e telefone. No caso das lojas físicas, a maioria dos consumidores utiliza o PIX (33%), cartão de crédito (26%) e cartão de débito (24%). Nas lojas online o uso do PIX é ainda maior (46%), seguido pelo cartão de crédito (29%) e cartão de débito (11%). E nas contas de consumo o PIX ganha ainda mais destaque sendo utilizado por 50% dos consumidores, seguido pelo cartão de débito (12%) e dinheiro (10%).

Transferência para amigos e parentes e compras pela internet lideram o ranking dos tipos de pagamentos mais utilizados via PIX

De acordo com os entrevistados, os tipos de pagamento mais realizados via PIX são transferência para amigos e parentes (67%), compras na internet (56%), pagamento de conta de consumo como água, luz e telefone (55%) e compras de alimentos/mercado (46%).

Seis em cada dez consumidores (64%) sempre fazem pagamento por este meio, 35% às vezes e 2% raramente. 91% dos que usam o PIX também recebem pagamentos por este meio, sendo que metade (50%) sempre recebe dinheiro desta forma e 46% às vezes.

83% já fizeram pagamento via QR Code

Outra modalidade de pagamento que cresceu nos últimos anos é o QR Code. Oito em cada dez consumidores (83%) já utilizaram QR Code na hora de pagar alguma compra ou conta. As principais razões destacadas para utilização são a praticidade e rapidez (61%), ampla aceitação nas lojas (41%) e segurança (32%).

No caso da frequência de pagamentos, 65% fazem pagamento por QR Code às vezes e 23% sempre. A principal motivação dos consumidores para uso do QR Code é obter mais informações sobre esta modalidade de pagamento (43%), seguido pela segurança nas transações (29%) e o incentivo das lojas na utilização (28%).

Já entre os que não utilizam esta modalidade de pagamento, o principal motivo é a dificuldade em saber como funciona (30%), seguido do medo de roubo de dados (22%) e não usar aplicativo do banco no celular (15%).

A pesquisa também investigou o formato de pagamento por aproximação, 78% dos entrevistados já utilizaram, principalmente os mais jovens. Os principais motivos para uso são a rapidez e praticidade (73%), não digitar senha na maquininha (43%) e segurança (23%).

Entre os que não utilizam pagamento por aproximação, as razões mais citadas são a falta de confiança (54%), medo de clonagem, roubo de dados (41%) e não ter habilitado esta modalidade no cartão (25%).

O cartão físico é o meio mais utilizado para realizar pagamentos por aproximação (73%), seguido do celular (47%).

Quase metade dos entrevistados (47%) relatam que às vezes fazem pagamentos por aproximação e 39% sempre. Uma boa notícia é que nove em cada dez (91%) que utilizam esta modalidade de pagamento não sofreram fraude, sendo que 65% têm receio de sofrer e 26% não têm. Por outro lado, 7% já foram fraudados.

“O país possui uma grande diversidade de opções de pagamentos, e diante de tanta novidade é fundamental que o consumidor se sinta seguro e permaneça atento. No caso do PIX vale conferir sempre o destinatário para evitar transferências erradas, e nos pagamentos por aproximação ter um limite para esse tipo de pagamento para evitar problemas caso o cartão ou celular sejam perdidos ou roubados.”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

METODOLOGIA

Público-alvo: População internauta residente nas capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos

Método de coleta: pesquisa realizada via web.

Tamanho amostral: 643 casos e pós ponderada considerando as capitais do país e perfil. Margem de erro no geral de 3,86 p.p. para um intervalo de confiança a 95%.

Data de coleta: A coleta foi realizada entre os dias 02 e 10 de janeiro de 2025

Sobre a CNDL – Criada em 1960, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de mais de 500 mil empresas, que juntas representam 9% do PIB brasileiro e 17% do PIB do setor, geram 7 milhões de empregos e movimentam R$ 600 bilhões por ano.

SPC Brasil – Há mais de 60 anos no mercado, o SPC Brasil é um dos mais tradicionais bureaux de crédito da América Latina, com uma robusta base de dados com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Possui 232 milhões de CPFs no seu banco de dados, 57 milhões de CNPJs cadastrados e 120 milhões de consultas por mês. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

Sobre a Offerwise – Há mais de 16 anos que a Offerwise vem abordando de maneiras inovadoras a pesquisa de mercado. Com um modelo único e próprio de recrutamento tem conseguido construir um dos principais painéis de pesquisa no mundo, evoluindo para uma empresa robusta de campo online com uso de tecnologia avançada. Detém o maior e mais representativo painel da América Latina e Hispânico nos EUA. Os escritórios ao redor do mundo estão compostos por profissionais de pesquisa de mercado que conhecem e compreendem suas culturas locais e também os consumidores que se deseja alcançar.

O futuro do trabalho no varejo brasileiro: transformações e desafios

12 de fevereiro de 2025

O mercado de trabalho global está passando por uma transformação acelerada, impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças econômicas e novas demandas ambientais. O Future of Jobs Report 2025 (lançado há pouco mais de um mês, em 7 de janeiro de 2025), do Fórum Econômico Mundial, destaca o que já não é novidade: a próxima década será marcada pela ascensão da Inteligência Artificial, automação e digitalização, bem como pela necessidade de adaptação às mudanças climáticas e pela crescente fragmentação geopolítica.

As projeções indicam que, até 2030, serão criados aproximadamente 170 milhões de empregos globalmente, enquanto cerca de 92 milhões de postos de trabalho serão eliminados. Esse saldo positivo de 78 milhões de empregos reflete uma reorganização do mercado, na qual funções ligadas à tecnologia, sustentabilidade e serviços essenciais ganharão protagonismo, enquanto cargos administrativos e repetitivos estarão em declínio. Contudo, o impacto dessas mudanças varia conforme o nível de qualificação da força de trabalho e as políticas de adaptação ao novo paradigma tecnológico adotadas por cada país.

No Brasil, o setor varejista, um dos principais empregadores do País, enfrenta desafios e oportunidades dentro desse cenário. Desde a reforma trabalhista de 2017, que flexibilizou contratações e regulamentou novas formas de trabalho, o varejo tem lidado com o crescimento do e-commerce, mudanças nos hábitos de consumo e a necessidade de digitalização para manter a competitividade.

Nesse contexto, o que podemos esperar para os próximos anos? Quais segmentos do varejo se destacarão? E quais são os desafios que o setor precisa enfrentar para aproveitar as oportunidades oriundas das transformações no mundo do trabalho? Neste artigo, exploramos as principais tendências apontadas pelo relatório e suas implicações para o varejo brasileiro.

Baixa qualificação e produtividade no varejo brasileiro

Um dos principais desafios do varejo no Brasil é a baixa qualificação da força de trabalho. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), menos de 12% dos trabalhadores brasileiros possuem ensino superior completo, enquanto a média da OCDE supera os 40%. Essa realidade impacta diretamente o setor varejista, no qual a capacitação em tecnologia e atendimento ao cliente se torna cada vez mais essencial.

A produtividade dos trabalhadores do varejo também enfrenta dificuldades. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que, entre 2000 e 2020, a produtividade do trabalho no Brasil cresceu apenas 0,6% ao ano, enquanto em países como Coreia do Sul e China, esse crescimento foi superior a 4%, o que também sinaliza a velocidade inferior de adaptação tecnológica do nosso País. Além disso, segundo o Banco Mundial, a produtividade do trabalho no Brasil caiu 1,3% entre 2014 e 2020, indicando um retrocesso nesse indicador fundamental para a competitividade do setor.

Dados mais recentes reforçam essa tendência negativa. De acordo com um levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), a produtividade por hora trabalhada no Brasil registrou uma queda de 4,5% em 2022. Além disso, dados do IBGE indicam que, até o segundo trimestre de 2024, a força de trabalho brasileira atingiu 109,4 milhões de pessoas, com a população ocupada chegando a 101,8 milhões. No varejo, a qualidade da ocupação é uma preocupação, especialmente devido à alta taxa de informalidade e à necessidade de maior qualificação para lidar com novas tecnologias e tendências do setor.

Esse cenário reforça a necessidade urgente de investimentos em educação técnica, qualificação profissional e políticas públicas voltadas para modernizar e aumentar a produtividade do trabalho no varejo. Sem essas medidas, o Brasil corre o risco de perder ainda mais competitividade frente às mudanças aceleradas no comportamento do consumidor e nas inovações do setor.

Perspectivas para os próximos anos no varejo

Nos próximos anos, o varejo brasileiro passará por uma profunda reconfiguração. O crescimento do comércio eletrônico continuará acelerado, impulsionado por avanços na Inteligência Artificial, big data e personalização da experiência do consumidor. Empresas que investirem em tecnologia para oferecer atendimento omnichannel e integrar lojas físicas ao digital terão uma vantagem competitiva significativa.

A automação do atendimento ao cliente se tornará cada vez mais comum, com chatbots e assistentes virtuais assumindo funções básicas de suporte. Embora essa tecnologia reduza custos e aumente a eficiência, a experiência do consumidor exigirá um atendimento humanizado e altamente qualificado para resolver problemas complexos e oferecer um serviço personalizado. Nesse contexto, a qualificação dos trabalhadores será um diferencial competitivo, pois consumidores cada vez mais exigentes buscarão não apenas conveniência, mas também atendimento de alto nível e suporte especializado.

No entanto, a realidade do mercado de trabalho brasileiro pode dificultar essa transição. A reforma trabalhista de 2017 flexibilizou contratações, mas também contribuiu para o aumento da informalidade e da rotatividade no setor varejista, dificultando investimentos em qualificação e treinamento. Trabalhadores com vínculos precários tendem a ter menos acesso a oportunidades de capacitação, perpetuando um ciclo de baixa produtividade e dificultando a modernização do setor.

Segmentos como supermercados, farmácias e lojas de conveniência devem manter um crescimento sólido, impulsionados pela demanda constante por produtos essenciais, ainda mais em um cenário inflacionário, em que o consumo de produtos supérfluos diminui. Já o setor de moda e eletrodomésticos precisará inovar na experiência de compra e no modelo de negócios para enfrentar a concorrência digital e a exigência por práticas sustentáveis.

O varejo de proximidade e os marketplaces regionais têm se destacado como uma alternativa viável para consumidores que buscam praticidade e atendimento personalizado. O avanço dos meios de pagamento digitais e a popularização do buy now, pay later (compre agora, pague depois) também influenciarão as decisões de compra dos consumidores.

Desafios a serem enfrentados pelo varejo

Para aproveitar as oportunidades trazidas pelas novas tecnologias e mudanças no comportamento do consumidor, e para reverter a tendência de baixa produtividade do trabalho e competitividade, o varejo brasileiro precisa superar desafios estruturais. O primeiro é a capacitação da força de trabalho. Com o avanço da automação, as funções repetitivas tendem a desaparecer, exigindo que os trabalhadores desenvolvam habilidades mais estratégicas, como análise de dados, atendimento consultivo e gestão digital.

Outro grande desafio é a logística. O aumento da demanda pelo comércio eletrônico exige investimentos em infraestrutura, eficiência no last mile (última milha) e redução dos custos de entrega para melhorar a experiência do consumidor. Pequenos e médios varejistas também precisam adaptar seus modelos de negócios para competir com grandes marketplaces e gigantes do setor.

A informalidade no setor também precisa ser combatida. Modelos de trabalho flexíveis e regulamentações que incentivem a formalização podem garantir melhores condições para trabalhadores e maior previsibilidade para empresas. Além disso, incentivos para inovação e digitalização são essenciais para a modernização do setor.

Conclusão e 5 takeaways para o varejo se preparar para o futuro do trabalho

O futuro do varejo no Brasil será determinado pela capacidade de adaptação do setor às novas tendências globais. O avanço tecnológico, a digitalização e as mudanças no comportamento do consumidor criam desafios, mas também oportunidades valiosas para empresas que souberem inovar e investir na capacitação de sua força de trabalho.

Aqui estão 5 dicas essenciais para o varejista que deseja se manter competitivo neste cenário de mudanças:

  1. Invista em capacitação contínua – ofereça treinamentos para sua equipe em tecnologia, atendimento ao cliente e gestão digital.
  2. Adapte-se à digitalização – implemente soluções tecnológicas para melhorar a experiência do consumidor, como pagamento digital e integração omnichannel.
  3. Aposte em logística eficiente – invista em soluções de entrega rápida e eficiente para competir no e-commerce.
  4. Valorize a experiência do cliente – personalize o atendimento e crie diferenciais que fortaleçam a fidelização do consumidor.
  5. Formalize e incentive a inovação – busque formas de regulamentar e qualificar sua equipe, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro, produtivo e inovador.

Se o Brasil conseguir enfrentar esses desafios de forma eficiente, poderá não apenas reduzir os impactos negativos das transformações no mercado de trabalho, mas também se posicionar como referência em inovação varejista na América Latina.

FONTE: MERCADO E CONSUMO

Temporal no Grande Recife: Comércio tem dia perdido e prejuízo

10 de fevereiro de 2025

Alagamentos e chuvas em excesso afetaram o movimento comum nas lojas da capital

A população do Grande Recife enfrentou um dia atípico causado por chuvas intensas durante a quarta-feira (5). Com impacto nas diversas áreas da capital pernambucana, registradas como principais focos de precipitações e alagamentos, o movimento no comércio também foi afetado. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife) e do Sindilojas Recife, Fred Leal, esse foi um dia “perdido” para o comércio na capital.
De acordo com Fred Leal, ainda não é possível estimar um dado concreto, mas esse foi um “dia de perda” para o comércio. “Foi um dia a menos de venda, se o comércio vendeu 10% comparado aos dias normais foi muito. Inclusive, a maioria dos funcionários não conseguiu chegar no trabalho porque a chuva forte a partir das 8h. Entre os que conseguiram chegar, muitos largaram mais cedo”, afirma.
Ainda de acordo com ele, um dia a menos no faturamento mensal reflete nos trabalhadores do comércio como um todo, já que a remuneração é composta por uma variável, que são as comissões. “Representa um prejuízo, um dia sem vendas, mas as despesas como o pagamento de funcionários e aluguel continuam”, aponta.
Segundo o presidente da CDL, o comércio de rua é o que mais sofre impacto, já os Shoppings são menos afetados, pois uma parte dos consumidores ainda conseguem chegar de carro, mesmo assim o movimento foi reduzido. “A Avenida Agamenon Magalhães, principal via para alguns shoppings como o RioMar, fechou, o que dificultou o trânsito das pessoas. Já no centro do Recife e no bairro de São José muitas lojas não abriram”, disse.
Considerando os alertas emitidos pela Agência  Pernambucana de Águas e Climas (APAC), ao longo do dia, universidades, redes de ensino e alguns estabelecimentos comerciais suspenderam o funcionamento.
As chuvas também afetaram o funcionamento do transporte público na capital. Inclusive, durante o dia, a linha Centro do metrô e algumas linhas de terminais integrados de ônibus, como o TI Xambá, em Olinda; TI CDU, na Várzea; TI Getúlio Vargas, no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, ficaram fora de operação, de acordo com o Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM).

Diretoria da CDL Recife se reúne com secretária do Recentro

7 de fevereiro de 2025

Na tarde de ontem, 04/02, a diretoria da CDL Recife se reuniu com a secretária Ana Paula Vilaça e a equipe do Recentro, para tratar das ações previstas para o Centro do Recife, neste ano de 2025.

Estiveram presentes o presidente da CDL Recife, Fred Leal, os diretores Paulo Monteiro e Ivson Barbosa e o cunsultor Francisco Cunha.

Integração entre lojas físicas e digitais é aposta de futuro do varejo

Quais as tendências para o futuro do comércio varejista no Brasil? Para dar conta da resposta, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio) promove nesta quinta-feira (7) o webinário O Futuro do Varejo – Tecnologias e Estratégias da NRF 2025, voltado aos empresários do setor para sinalizar os cuidados e preparativos necessários, tanto a curto quanto a médio e longo prazos.

Integração entre lojas físicas e digitais e serviços de entregas rápidas são dois pontos levantadas pela entidade que merecem atenção por parte dos varejistas que quiserem crescer, ou pelo menos manter-se, em atividade. A avaliação partiu da assessora técnica da entidade, Kelly Carvalho, a partir das discussões de outro evento, realizado em janeiro nos Estados Unidos, organizado pela National Retail Federation (NRF).

“A digitalização deve ser priorizada, com investimentos em e-commerce, marketplaces e integração entre canais físicos e digitais. O varejo de bens essenciais tende a se beneficiar do aumento da renda e do emprego, enquanto segmentos dependentes de crédito devem focar em promoções e condições facilitadas de pagamento”, disse Kelly.

Para a assessora, “o futuro do comércio online e do varejo tradicional será marcado pelo equilíbrio cada vez mais dinâmico, onde a integração dos dois formatos se tornará essencial para o sucesso das empresas”.

A integração entre os meios físico e digital (modelo omnichannel) será indispensável, comentou Kelly, ao acrescentar que as lojas físicas deixarão de ser apenas pontos de venda e passarão a atuar como centros de experiência, distribuição e suporte, “onde os consumidores poderão experimentar produtos antes de comprar online, retirar pedidos feitos pela internet e contar com um atendimento mais personalizado”.

Além disso, ela disse também que “o conceito ‘phigital’, que mescla o ambiental com o físico, será cada vez mais explorado com tecnologias como provadores virtuais, realidade aumentada e pagamentos sem contato”.

Setores mais promissores

Quanto aos setores do varejo que têm boas perspectivas para o futuro estão beleza e bem-estar, impulsionado pelo envelhecimento da população, com o crescimento das farmácias, suplementos e cosméticos. Também é o caso do segmento de casa e construção, pelos interesses em reformas e automação residencial, “além da crescente demanda por soluções sustentáveis, como energia solar”.

Já as redes de shopping centers sem presença digital forte podem perder espaço, prevê Kelly. “O segmento de eletrodomésticos e eletrônicos, dependente de crédito, enfrenta desafios devido às taxas de juros elevadas, que levam os consumidores a adiarem compras de alto valor. O fast fashion sofre concorrência crescente de gigantes asiáticos como Shein e Temu, enquanto cresce a demanda por moda sustentável”, completou a assessora.

FONTE: Agência Brasil

5 dicas para organizar as finanças em 2025

3 de fevereiro de 2025

Confira algumas ideias para mudar sua relação com o dinheiro, ajudando a alcançar metas e evitar sustos

Cuidar do dinheiro é essencial, faz parte de uma vida saudável e traz tranquilidade emocional. Por isso, a educação financeira oferece ferramentas essenciais para tomar decisões inteligentes, evitar dívidas desnecessárias e alcançar sonhos, como comprar um imóvel, investir em projetos pessoais ou garantir uma aposentadoria tranquila.

Pensando nisso, a fintech Koin traz 5 dicas práticas para ajudar você a controlar seus gastos, poupar dinheiro e garantir um ano mais tranquilo. “O começo de ano é fundamental, porque precisamos lidar com as despesas típicas do período e não podemos nos comprometer para o resto de 2025″, destaca Juana Angelin, Chief Operating Officer da fintech.

Ela lembra que há muitas contas nestes dois, três meses, como impostos (IPVA, IPTU), material escolar e as contas de fim de ano no cartão de crédito. “Agora é o momento ideal para reorganizar as finanças e se programar para comprar com planejamento e tranquilidade ao longo do ano”, diz.

Avalie sua situação financeira

Antes de qualquer decisão nova, é essencial entender como estão suas finanças. Liste seus ganhos e despesas, separando-as entre fixas (como aluguel e contas de casa) e variáveis (lazer e compras). Isso ajudará a identificar onde estão os gastos e a definir prioridades.

Crie um orçamento que funcione para você

Com base no diagnóstico financeiro, elabore um orçamento mensal realista. Priorize os gastos essenciais, defina limites para despesas extras e reserve uma parte da sua renda para poupança.

Construa uma reserva de emergência

Imprevistos acontecem – e estar preparado faz toda a diferença. Comece a guardar, mensalmente, uma quantia para formar uma reserva de emergência, idealmente capaz de cobrir de três a seis meses de despesas básicas.

Se programe para grandes despesas

Contas anuais, como impostos e seguros, podem pesar no orçamento se você não se planejar. Divida esses custos ao longo dos meses, reservando pequenas quantias com antecedência para evitar apertos no futuro.

Adote o consumo consciente

Antes de comprar algo, pergunte-se: “Eu realmente preciso disso?”, “Posso esperar por uma promoção?” ou “Esse gasto está alinhado com meus objetivos financeiros?”. Isso ajuda a evitar compras por impulso e economizar

Selic sobe para 13,25%; alta deve afetar tomador de crédito

31 de janeiro de 2025

Novo índice foi definido em reunião do Copom, nesta quarta-feira (29)

O Comitê da Política Monetária (Copom) definiu, durante reunião nesta quarta-feira (29), o aumento de 1 ponto percentual (p.p) na taxa Selic. Com isso, a taxa básica de juros subiu de 12,25% para 13,25%. A decisão foi reflexo da pressão da alta do dólar e do preço dos alimentos. De acordo com o economista e planejador financeiro, Danilo Miranda, a alta deve afetar o tomador de juros e as empresas.
O economista aponta que com a taxa de juros mais alta, o “custo do dinheiro sobe” e acaba dificultando a vida financeira de quem utiliza crédito. “Quando vão tomar crédito ou algum tipo de empréstimo as pessoas e as pequenas empresas principalmente, sentem porque os juros tendem a subir, porque a taxa Selic é a taxa básica de juros, ela serve de referência para as demais taxas que são praticadas, principalmente pelos bancos”, aponta.
Ainda segundo ele, o cenário também tende a elevar a inadimplência. “Por exemplo, o consumidor que vai precisar financiar seu imóvel, ele acaba pagando mais juros até chegar a um ponto de não conseguir fazer aquele financiamento. Com isso, existe também um risco maior de inadimplência com juros mais altos”, reforça.

A reunião foi a primeira sob o comando do novo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, que seguiu a decisão do Copom na última reunião, realizada em dezembro de 2024, que informou que elevaria os juros básicos em 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e de março. Segundo o comitê, a elevação das incertezas no cenário internacional, somada aos ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo no fim do ano passado, justificam o aumento dos juros básicos no início de 2025.

Após atingir 10,5% ao ano, de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.
Danilo explica que a alta da taxa Selic é uma medida realizada como forma de conter a elevação da inflação. “A inflação bateu 4.83% nos últimos 12 meses, no caso do fechamento de dezembro de 2024. Quando a inflação passa do teto da meta, o BC precisa subir juros para conter a inflação, porque prejudica principalmente a população de baixa renda. A meta da inflação é 3% ao ano e o teto seria de 4,5%, mas quando ultrapassa esse teto há uma preocupação e o Banco Central já percebeu esse movimento”, explica.
O economista aponta que outro motivo para a elevação da Selic seria o problema fiscal do Brasil. “O governo não conseguiu trazer uma proposta consistente de corte de despesas públicas, pelo contrário, ele vem com essa fome de arrecadação. Porém, quando existem despesas maiores que receitas, acaba vindo uma pressão inflacionária também”, aponta.

Alta do dólar
Segundo o economista, quando os países têm um déficit alto e uma questão fiscal não resolvida, o investidor local investe menos em ativos de risco e o investidor externo tira o dinheiro do Brasil. “Isso traz uma outra consequência, que é o dólar subindo também. O dólar subiu bastante porque também essa questão fiscal atrapalhou e aí o investidor não percebe o Brasil com o risco aceitável. O dólar mais alto pressiona a inflação novamente porque impacta no IPCA e no IGP-M, que é o índice de preço de aluguel. Isso traz um ciclo que é ruim para economia, porque a inflação alta tem que subir juros de novo”, finaliza.

Pagamentos digitais: facilitações para o consumidor moderno

30 de janeiro de 2025

Os pagamentos digitais não são apenas uma tendência passageira, são o futuro do comércio.

Imagine-se em uma fila interminável no supermercado, carteira em mãos, contando as moedas para pagar suas compras. Agora, pense em simplesmente aproximar seu smartphone de um terminal e… pronto! Compra realizada em segundos. Bem-vindo ao mundo dos pagamentos digitais, onde a conveniência reina suprema e a sua carteira física está se tornando tão obsoleta quanto uma máquina de escrever!

Nos últimos anos, houve uma verdadeira revolução na forma como lidamos com dinheiro. De acordo com um relatório da Statista, espera-se que as transações de pagamento digital atinjam US$ 16,59 trilhões em todo o mundo até 2028. Isso não é apenas um número impressionante; é um sinal claro de que estamos caminhando a passos largos para um futuro sem dinheiro físico. A evolução dos pagamentos digitais tem sido nada menos que espetacular:

  • Cartões de crédito/débito: o primeiro passo para nos livrar do dinheiro vivo.
  • Pagamentos online: comprar sem sair de casa.
  • Mobile wallets: seu smartphone agora é sua carteira.
  • Pagamentos contactless: aproxime e pague, a tecnologia favorável e agil.
  • Criptomoedas: o dinheiro do futuro? O tempo dirá!

Mais do que apenas conveniência

O varejo nunca mais será o mesmo, e isso é uma ótima notícia! Segundo pesquisa da KPMG, 58% dos consumidores globais consideram os métodos de pagamento oferecidos como um fator crucial na escolha de onde comprar. Isso significa que as lojas que abraçarem os pagamentos digitais não estão apenas facilitando a vida dos clientes, mas também ganhando uma vantagem competitiva significativa.

O futuro dos pagamentos é tão empolgante quanto um parque de diversões high-tech. Imagine pagar com um piscar de olhos (literalmente, com tecnologia de reconhecimento facial) ou fazer uma transferência bancária com um comando de voz. De acordo com um relatório da PwC, 86% dos bancos acreditam que as interfaces de usuário baseadas em voz se tornarão mainstream nos próximos cinco anos.

  • Filas mais rápidas: menos tempo de espera = clientes mais felizes
  • Dados valiosos: informações sobre hábitos de compra para personalizar ofertas
  • Redução de custos: menos manuseio de dinheiro = menos despesas operacionais
  • Aumento nas vendas: comprar ficou mais fácil.

Os pagamentos digitais não são apenas uma tendência passageira, são o futuro do comércio. Eles estão transformando a maneira como compramos, vendemos e interagimos com o dinheiro. À medida que avançamos para um mundo cada vez mais conectado, é crucial que consumidores e empresas abracem essa mudança.

Fonte: Varejo S.A

Engajamento de talentos precisa estar no planejamento de 2025

29 de janeiro de 2025

O encantamento do cliente interno traz bons resultados junto ao cliente final, além de levar economia para o negócio

Para convencer o consumidor de que seu produto é bom, é preciso antes que você mesmo esteja convencido – e isso se estende a todo o time que forma um negócio. Por isso, trabalhar com a motivação e encantamento de seu cliente interno é tão importante e estratégico quanto a comunicação com o público final.

Em geral, é preciso focar no bem-estar e na valorização dos colaboradores, o que ajuda para a retenção de talentos e o crescimento sustentável das empresas. Com o avanço acelerado da tecnologia e um contexto mundial que tem impacto na mudança rápida de comportamento do consumidor, atrair e reter profissionais qualificados não é apenas uma questão de benefícios financeiros, mas de criar uma cultura organizacional que promova propósito, engajamento e reconhecimento.

De acordo com Alexandre Slivnik, especialista em excelência de serviços, palestrante com mais de 20 anos de experiência e vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), estratégias de retenção de talentos, como programas de desenvolvimento contínuo, reconhecimento personalizado e ambientes que estimulem a inovação, são fundamentais. “Mais do que prevenir a rotatividade, essas práticas constroem equipes que entregam resultados superiores”, explica.

Colaborador feliz, cliente satisfeito

“Quando as empresas colocam os colaboradores no centro de suas estratégias, o impacto nos resultados é imediato. Funcionários engajados e reconhecidos não apenas permanecem na empresa, mas também transformam a experiência do cliente em algo memorável. Isso gera um ciclo de encantamento que beneficia todas as partes envolvidas”, destaca Alexandre.

Ele ressalta que investir na retenção de talentos também se traduz em economia para as empresas. Com a diminuição de custos relacionados a novas contratações e treinamentos para adaptação, as organizações podem concentrar esforços na inovação e na entrega de valor ao mercado e capacitação dos próprios funcionários. Além disso, colaboradores que se sentem parte do propósito organizacional tornam-se agentes ativos de fidelização de público, ajudando a construir marcas fortes e diferenciadas.

Em 2025, empresas que integram práticas de encantamento do cliente interno a seus pilares estratégicos estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios do mercado. “Retenção de talentos e foco no bem-estar dos colaboradores são tendências importantes e fatores essenciais para transformar organizações em protagonistas de excelência e crescimento sustentável”, conclui o especialista.

Fonte: Varejo S.A

Presidente da CDL Recife se reúne com Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado

28 de janeiro de 2025

Na tarde desta terça-feira (28), Fred Leal, presidente da CDL Recife, juntamente com os diretores Hugo Philipssen (Executivo) e Paulo Monteiro (Institucional), recebeu Guilherme Cavalcanti, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco, na sede da instituição para debater estratégias de fomento ao comércio por parte do governo.

O encontro também contou com a presença de Fred Vasconcelos, secretário executivo de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.

Omnichannel: integrando canais para potencializar vendas

Apesar dos benefícios evidentes, a implementação de uma estratégia omnichannel não é isenta de desafios

No cenário atual do varejo, a integração de múltiplos canais de venda tornou-se não apenas uma tendência, mas uma necessidade vital para o sucesso das empresas. O conceito de omnichannel surge como uma estratégia revolucionária, prometendo transformar a experiência do consumidor e impulsionar as vendas de forma significativa.

Basicamente, o omnichannel refere-se à estratégia de integração seamless de todos os canais de venda e pontos de contato com o cliente, proporcionando uma experiência de compra unificada e consistente. Seja online, offline ou através de dispositivos móveis, o consumidor deve poder interagir com a marca de maneira fluida e sem barreiras. De acordo com uma pesquisa da Harvard Business Review, 73% dos consumidores utilizam múltiplos canais durante sua jornada de compra. Isso demonstra claramente a necessidade de uma presença omnichannel robusta para atender às expectativas dos clientes modernos.

Impacto nas vendas

A implementação de uma estratégia omnichannel pode ter um impacto direto e mensurável nas vendas. Um estudo da IDC Retail Insights revelou que os compradores omnichannel que têm a capacidade de converter em qualquer canal têm um valor de vida útil 30% maior.

Além disso, a satisfação do cliente tende a aumentar significativamente. Segundo o relatório “State of the Connected Customer” da Salesforce, 75% dos consumidores esperam uma experiência consistente, independentemente de onde interajam com uma marca (redes sociais, atendimento ao cliente, website, etc.).

Casos de sucesso

No Brasil, temos exemplos notáveis de varejistas que abraçaram o conceito omnichannel com resultados impressionantes. A Magazine Luiza, por exemplo, em 2019 reportou um aumento de 56% nas vendas online, “coincidentemente” após integração de lojas físicas, e-commerce e marketplace, que faz parte de uma estratégia omnichannel.

Outro caso de sucesso é o da Riachuelo, em 2020, que viu suas vendas digitais crescerem 380% após investir em uma plataforma omnichannel robusta, permitindo que os clientes comprem online e retirem nas lojas físicas, entre outras opções.

Desafios na implementação do omnichannel

Apesar dos benefícios evidentes, a implementação de uma estratégia omnichannel não é isenta de desafios. Uma pesquisa da Retail Systems Research mostrou que 54% dos varejistas citam a dificuldade em integrar sistemas back-end como o principal obstáculo para uma verdadeira experiência omnichannel.

Outros desafios incluem:

  • Gerenciamento de estoque em tempo real.
  • Treinamento de equipe para atendimento consistente em todos os canais.
  • Personalização da experiência do cliente em escala.
  • Estratégias para uma implementação bem-sucedida.
  • Investimento em tecnologia, com plataformas de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) e sistemas de gestão empresarial (ERP) que permitam uma visão unificada do cliente e do estoque.
  • Foco na experiência do cliente, com jornadas de compra fluidas e personalizadas, independentemente do canal escolhido pelo consumidor.
  • Análise de dados, com big data e análise preditiva para entender o comportamento do consumidor e otimizar a oferta de produtos e serviços.
  • Capacitação da equipe, por meio de treinamento contínuo dos colaboradores para garantir um atendimento de qualidade em todos os pontos de contato.
  • Logística integrada, na implemente sistemas de logística que suportem opções como “compre online, retire na loja” e devolução em qualquer canal.

O futuro

À medida que avançamos, espera-se que o omnichannel evolua ainda mais com a incorporação de tecnologias emergentes. A realidade aumentada (AR) e a inteligência artificial (AI) prometem elevar a experiência omnichannel a novos patamares, permitindo experiências de compra ainda mais imersivas e personalizadas.

A 25ª edição do relatório Accenture Technology Vision 2025 revela que a inteligência artificial (IA) está inaugurando uma nova era de autonomia para empresas. O relatório aponta que 69% dos executivos acreditam que a IA está acelerando a reinvenção empresarial, enquanto 77% afirmam que seus benefícios só serão plenamente alcançados com sistemas baseados em confiança

A estratégia omnichannel não é apenas uma opção, mas uma necessidade imperativa para os varejistas que desejam se manter competitivos no mercado atual. Ao integrar efetivamente todos os canais de venda e pontos de contato, as empresas podem oferecer uma experiência superior ao cliente, aumentar a fidelidade e, consequentemente, impulsionar as vendas.

Para o varejo brasileiro, abraçar o omnichannel representa uma oportunidade de ouro para se destacar em um mercado cada vez mais disputado. As empresas que conseguirem implementar com sucesso essa estratégia estarão bem posicionadas para prosperar na era do comércio unificado, onde as fronteiras entre o físico e o digital se tornam cada vez mais tênues.

Recife registrou 66 mil famílias inadimplentes em dezembro de 2024

27 de janeiro de 2025

De acordo com dados da Fecomércio-PE, de janeiro de 2023 a dezembro de 2024, a capital registrou uma queda de 16,5% na inadimplência, que passou de 79 mil para 66 mil famílias no mesmo período

O Recife ainda tem 66 mil famílias que estão inadimplentes e em dezembro de 2024 registrou 82% no índice de famílias endividadas. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (24), no recorte local realizado pela Fecomércio-PE, da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo o levantamento da Fecomércio-PE, entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024 foi marcado por melhorias no mercado de trabalho e mudanças no perfil do endividamento. No período, o índice de famílias endividadas apresentou estabilidade, de 83% em janeiro de 2023 para 82% em dezembro de 2024.
De acordo com o economista David Batista, essa estabilidade no percentual de famílias endividadas pode indicar uma série de fatores. “Por um lado, pode indicar que as famílias estão se adaptando à sua situação financeira, talvez priorizando pagamentos de dívidas ou ajustando também o orçamento. Por outro lado, isso pode sugerir que a economia está em estado de estagnação, porque a gente tem uma alta taxa de juros e uma estagnação econômica, onde as melhorias de fato são mais lentas e as famílias continuam enfrentando dificuldades para sair do ciclo de endividamento”, destaca.
Inadimplência recuou 16,5%
Apesar da estabilidade no endividamento, foi registrada uma queda de 16,5% na inadimplência, que passou de 79 mil para 66 mil famílias no mesmo período. A expectativa de inadimplência também diminuiu, passando de 155 mil para 137 mil famílias, o menor nível em dois anos.
Essas mudanças ocorreram em paralelo à redução da taxa de desocupação em Pernambuco, que caiu de 14,1% no primeiro trimestre de 2023 para 10,5% no terceiro trimestre de 2024. Ainda diante desse cenário, a informalidade cresceu no estado, passando de 48,9% para 50% no mesmo período.
Mesmo com mais pessoas ocupando postos de trabalho no estado, o alto número de inadimplentes ainda se destaca na capital. Para o economista é importante verificar a realidade das condições de trabalho no Recife.
“Embora mais pessoas estejam empregadas, é essencial considerar também a qualidade desses empregos, por exemplo, os salários que são oferecidos para eles. Por exemplo, existem empregos que pagam salários mais adequados e oferecem certa segurança jurídica para a família. Isso é fundamental para que as famílias consigam se manter em dia com suas obrigações financeiras”, aponta David.
Ainda de acordo com ele, a alta da inflação também acaba afetando a população, aumentando o custo de vida e a dificuldade da população de equilibrar suas finanças.
Cartão de crédito é o principal vilão
Entre as principais modalidades de dívida, o cartão de crédito consolidou sua posição como a mais utilizada pelas famílias, subindo de 89,7% em 2023 para 93% em 2024. O carnê, tradicionalmente associado ao varejo, caiu de 30,7% para 28,6%, enquanto o crédito pessoal aumentou de 5,2% para 5,7%.
David Batista explica ainda que o aumento das dívidas dos recifenses nessa modalidade de pagamento ocorre devido à facilidade do acesso ao crédito. “A população tem dificuldade de acesso a crédito junto aos bancos, para que as pessoas possam refinanciar suas dívidas já pelo seu próprio endividamento. Com isso, muitas pessoas acabam recorrendo ao cartão com uma solução rápida para poder cobrir despesas inesperadas, ou até mesmo necessidades diárias. A falta de planejamento financeiro e a percepção de que o crédito é um recurso ilimitado pode levar a um acúmulo de dívidas, especialmente com as altas taxas de juros que os cartões geralmente apresentam”, disse.