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23 de abril de 2025
Varejo aposta em desconto progressivo e packs...

Estudo mostra que varejistas esperam faturar mais de R$ 1 milhão, com destaque para promoções e comunicação física e digital …

Estudo mostra que varejistas esperam faturar mais de R$ 1 milhão, com destaque para promoções e comunicação física e digital

Com foco no Dia das Mães, a Rcell, distribuidora de tecnologia, realizou uma pesquisa nacional para mapear as expectativas e estratégias dos varejistas para a data. O levantamento, feito com o apoio da Asus, ouviu comerciantes de todos os estados do país.

Segundo o estudo, 85,7% dos varejistas estimam faturamento superior a R$ 1 milhão. O ticket médio também deve ser elevado, com 79,2% prevendo valores acima de R$ 450. Os produtos domésticos são apontados como os mais procurados por 50% dos entrevistados, seguidos por presentes práticos (25%) e de luxo (20,8%).

O comportamento de compra deve se concentrar entre Millennials (58,3%) e a Geração X (37,5%). Embora 37,5% dos varejistas não esperem mudanças no comportamento do consumidor, 33,3% percebem uma retomada das compras em lojas físicas e 29,2% apostam no crescimento do e-commerce. O parcelamento é considerado um fator relevante para 79,2% dos lojistas.

As promoções mais citadas são o desconto progressivo e os packs promocionais, com adesão de 41,7% cada. Brindes, sorteios e cashback também aparecem entre as ações previstas. Já 20,8% dos varejistas afirmam que não realizarão promoções específicas.

Sobre os canais de comunicação, 25% priorizam as lojas físicas, seguidas por Instagram (22,62%), e-commerce (17,6%), WhatsApp (15,48%), Facebook (13,49%) e TikTok (6,35%). O suporte pós-venda é a principal ação de fidelização, mencionada por 66,7% dos respondentes.

“O Dia das Mães é uma das datas mais estratégicas para o varejo brasileiro, e a expectativa de crescimento reflete uma combinação de fatores essenciais. A retomada da confiança do consumidor, o avanço do e-commerce e a maior personalização das ações promocionais têm impulsionado o otimismo do setor. Com um planejamento estruturado e estratégias bem executadas, os lojistas têm a oportunidade de potencializar as vendas e fortalecer seus negócios nesta temporada”, afirma Alexandre Della Volpe, diretor de Marketing da Rcell.

“A pesquisa nos ajuda a entender melhor o que os consumidores esperam e como o varejo pode se preparar para atender essa demanda da melhor forma possível. O Dia das Mães é um momento-chave para o setor, e ter acesso a esses insights pode fazer toda a diferença na performance dos lojistas”, conclui Della Volpe.

Fonte: Mercado & Consumo

22 de abril de 2025
Varejo brasileiro cresce até 8% em 2024 e projeta...

Projeção da CNC destaca continuidade de investimentos em lojas físicas e digitais O comércio e o varejo brasileiro registraram crescimento …

Projeção da CNC destaca continuidade de investimentos em lojas físicas e digitais

O comércio e o varejo brasileiro registraram crescimento entre 5,5% e 8% em 2024, de acordo com projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Para 2025, a estimativa é de um avanço entre 1,7% e 2%, com destaque para investimentos em lojas físicas, canais digitais e no fortalecimento de pequenos empreendedores.

Dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostram que, entre 5 e 11 de agosto de 2024, as vendas em lojas físicas cresceram 5,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Entre os segmentos com maior expansão em junho de 2024, em relação ao mesmo mês de 2023, estão: artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (15,1%), artigos de uso pessoal e doméstico (7,6%), móveis e eletrodomésticos (6,7%), equipamentos de escritório e informática (4,7%), hipermercados e supermercados (3,5%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%).

Segundo André Seibel, CEO do Circuito de Compras – Feira da Madrugada (CDC), o comportamento de consumo passou por mudanças. “Os números demonstram a resiliência dos empresários diante das adversidades. Após a pandemia, muitos precisaram repensar suas estratégias. O poder de consumo diminuiu, tornando essencial a adaptação às novas realidades, seja por meio das mídias digitais, da oferta de promoções ou pela melhoria na experiência nas lojas físicas”, afirmou.

Seibel avalia que as empresas devem seguir investindo na experiência de compra. “Investir no que realmente encanta os consumidores, com pontos de venda mais bem decorados, atendimento de excelência, embalagens personalizadas e eventos exclusivos, tornou-se essencial. Hoje, os consumidores buscam mais transparência e uma conexão genuína com as marcas durante a compra. Isso pode ser visto em grandes empresas como a Enjoei, que estão expandindo suas lojas físicas. As pessoas estão cada vez mais dispostas a sair de casa para vivenciar a experiência de compra, e esse é o diferencial que fará o consumidor escolher uma marca, mesmo diante de tantas opções”, concluiu.

16 de abril de 2025
Confira como fica o comércio do Recife durante...

Lojas do Centro da cidade abrirão de maneira facultativa e shopping centers da Região Metropolitana do Recife irão funcionar em …

Lojas do Centro da cidade abrirão de maneira facultativa e shopping centers da Região Metropolitana do Recife irão funcionar em horário especial nos feriados 

Visando facilitar as compras de Páscoa durante a Semana Santa, o comércio da capital pernambucana funcionará de maneira facultativa. 

Com a mudança nos hábitos de consumo e o surgimento de novas formas de empreender, a intenção é atender ao público que busca gerar renda com a venda de ovos neste período. A expectativa é que o varejo movimente o mercado em uma proporção de 15% a mais comparado ao mesmo período do ano passado.

O comércio do bairro de São José e os shoppings são lugares de centralização de consumo, onde as pessoas não vão apenas comprar um produto específico, elas aproveitam para adquirir vários produtos e buscar serviços. 

“É um momento de aquecimento nas vendas dos produtos pascais, como ovos, chocolates e insumos para quem trabalha produzindo esses produtos, mas também para os outros setores como decoração e outras miudezas que você encontra no comércio recifense” afirma Fred Leal, presidente da CDL Recife.

De acordo com o representante do varejo recifense, na Sexta-feira Santa (18), e no feriado de Tiradentes, próxima segunda-feira (21), as lojas da área central da cidade irão funcionar de maneira facultativa. No sábado será normal. Já os shopping centers da RMR abrirão todos os dias em horário especial.

Confira abaixo o horário de funcionamento do comércio do Recife na Semana Santa:

  • Centro e Bairros
    Sexta-Feira (18/04) – facultativo
    Sábado (19/04) – normal – das 8h às 13h
    Domingo (20/04) – fechado (algumas lojas poderão abrir)
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – facultativo
  • Shopping Recife
    Sexta-Feira (18/04) – das 12h às 21h
    Sábado (19/04) – das 9h às 22h
    Domingo (20/04) – das 12h às 21h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – das 12h às 21h
  • RioMar Recife
    Sexta-Feira (18/04) – 12h às 21h
    Sábado (19/04) –9h às 21h
    Domingo (20/04) – 12h às 21h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) -12h às 21h
  • Shopping Boa Vista
    Sexta-Feira (18/04) – das 10h às 19h
    Sábado (19/04) – das 9h às 21h
    Domingo (20/04) – das 11h às 19h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – das 10h às 19h
  • Shopping Tacaruna
    Sexta-Feira (18/04) – das 12h às 21h
    Sábado (19/04) – das 9h às 22h
    Domingo (20/04) – das 12h às 21h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – das 12h às 21h
  • Plaza Shopping
    Sexta-Feira (18/04) – das 12h às 21h
    Sábado (19/04) –das 9h às 22h
    Domingo (20/04) – das 12h às 21h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – das 12h às 21h.
  • Shopping ETC
    Sexta-Feira (18/04) – 12h às 18h
    Sábado (19/04) – 9h às 21h
    Domingo (20/04) – 12h às 18h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – 12h às 18h
  • Shopping de Afogados
    Sexta-Feira (18/04) – das 9h às 18h
    Sábado (19/04) – das 9h às 19h
    Domingo (20/04) – Não funciona
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – Fechado

Olinda

  • Shopping Patteo Olinda
    Sexta-Feira (18/04) – das 12h às 21h
    Sábado (19/04) – das 9h às 22h
    Domingo (20/04) – das 12h às 21h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – das 12h às 21h

Paulista

  • Paulista North Way Shopping
    Sexta-Feira (18/04) – das 12h às 21h
    Sábado (19/04) – das 9h às 22h
    Domingo (20/04) – das 12h às 21h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – das 12h às 21h

Camaragibe

  • Camará Shopping
    Sexta-Feira (18/04) – das 12h às 21h
    Sábado (19/04) – das 10h às 22h
    Domingo (20/04) – das 12h às 21h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – das 12h às 21h

Jaboatão dos Guararapes

  • Shopping Guararapes
    Sexta-Feira (18/04) – das 12h às 21h
    Sábado (19/04) – das 9h às 22h
    Domingo (20/04) – das 12h às 21h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) -das 9h às 22h

Cabo de Santo Agostinho

  • Shopping Costa Dourada
    Sexta-Feira (18/04) – das 12h às 20h
    Sábado (19/04) – das 9h às 22h
    Domingo (20/04) – das 12h às 20h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – das 9h às 22h

Igarassu

  • Shopping Igarassu
    Sexta-Feira (18/04) – das 12h às 20h
    Sábado (19/04) – Das 9h às 21h
    Domingo (20/04) – das 12h às 20h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – das 12h às 20h

Moreno

  • Recife Outlet
    Sexta-Feira (18/04) – das 9h às 21h
    Sábado (19/04) – das 9h às 21h
    Domingo (20/04) – das 9h às 21h
    Segunda-feira – Feriado de Tiradentes (21/04) – das 9h às 21h
Atraindo o consumidor cauteloso, exigente e omnichannel...

Investir em tecnologia e em uma comunicação transparente se torna o grande diferencial competitivo Em um cenário de retomada econômica …

Investir em tecnologia e em uma comunicação transparente se torna o grande diferencial competitivo

Em um cenário de retomada econômica e incertezas persistentes, o novo perfil do consumidor exige que as marcas repensem suas estratégias. O consumidor atual é cauteloso, exige experiências de compra personalizadas e transita sem esforço entre ambientes físicos e digitais. Para se destacar, as empresas precisam adotar estratégias omnichannel integradas – que unam canais, dados e tecnologia – e mostrar compromisso com sustentabilidade e transparência.

Segundo o relatório publicado pela Economist Intelligence Unit (EIU), as projeções para 2025 apontam para um crescimento modesto do PIB, estimado em 3,4%. A Selic, por sua vez, tem previsão de estabilização em torno de 15% ao ano, segundo analistas. Essas condições econômicas, embora desafiadoras, levam os consumidores a priorizarem o planejamento financeiro – sem abdicar de pequenas indulgências que promovam bem-estar e qualidade de vida. Além disso, os consumidores brasileiros estão cada vez mais atentos às ofertas que combinam preço e qualidade, reforçando a necessidade de experiências de compra inteligentes e personalizadas.

Estratégias omnichannel

O sucesso no varejo moderno depende da integração de canais. Em um ambiente omnichannel, a experiência do cliente deve ser consistente – seja na loja física, no site ou no aplicativo móvel. Dados da pesquisa da Twilio indicam que 51% dos consumidores que interagem online esperam respostas em até uma hora, e 46% já abandonaram uma marca devido à lentidão no atendimento. Para conquistar esse público, as marcas precisam em especial:

  • Integrar estoques e canais de venda: informações atualizadas em tempo real garantem que o produto desejado esteja disponível, independentemente do canal escolhido.
  • Oferecer atendimento ágil e personalizado: uso de chatbots e sistemas de CRM permite antecipar as necessidades dos clientes e oferecer suporte instantâneo, sem perder a humanização do atendimento.
  • Manter uma comunicação coesa: identidade da marca deve ser preservada em todos os pontos de contato, reforçando a confiança do consumidor.

Os consumidores modernos demandam experiências sob medida. Segundo levantamento da Cognizant citado pela Stefanini, as ferramentas de personalização, que utilizam dados do histórico de compras e preferências individuais, têm papel fundamental na fidelização do cliente. A capacidade de oferecer recomendações precisas e campanhas segmentadas transforma a experiência de compra em algo único, reforçando o relacionamento com a marca e aumentando a taxa de conversão.

Investir em tecnologias de análise de dados e inteligência artificial possibilita que as empresas criem jornadas personalizadas, que se adaptam ao comportamento do consumidor em tempo real.

Compromisso

Outra tendência forte para 2025 é o compromisso com práticas sustentáveis. Uma pesquisa da Nielsen revelou que 65% dos brasileiros preferem comprar de marcas que adotam medidas ecológicas e socialmente responsáveis. Consumidores exigem transparência não só na origem dos produtos, mas também na forma como as empresas gerenciam seus processos e se comprometem com o meio ambiente.

Ou seja, se torna fundamental mostrar resultados reais e metas de redução de impactos ambientais e implementar projetos que beneficiem a comunidade e garantam práticas éticas em toda a cadeia produtiva.

Tecnologia como aliada

A adoção de tecnologias disruptivas é fundamental para oferecer uma experiência integrada e sem atritos. Sistemas de inteligência artificial não só otimizam o gerenciamento de estoques e o atendimento ao cliente, mas também permitem a personalização avançada, conforme destacado na NRF 2025. Segundo dados apresentados no evento, 56% do crescimento global do varejo nos próximos cinco anos virá do comércio eletrônico, impulsionado por soluções digitais inovadoras.

Ferramentas de automação, CRM integrado e análise preditiva são essenciais para mapear a jornada do cliente e proporcionar interações que se adaptam às suas necessidades, garantindo eficiência operacional e melhorando a experiência geral. Para atrair o consumidor cauteloso, exigente e omnichannel, é imprescindível que as marcas invistam em estratégias que combinem integração de canais, personalização guiada por dados e compromisso com a sustentabilidade. Em um mercado onde os consumidores estão cada vez mais conscientes de seu poder de escolha, investir em tecnologia e em uma comunicação transparente se torna o grande diferencial competitivo.

15 de abril de 2025
Novos sabores da Páscoa: empresas lançam chocolates...

Segundo pesquisa da CNDL, 85% dos consumidores vão pesquisar preços dos ovos e parcelar em até quatro vezes A poucos …

Segundo pesquisa da CNDL, 85% dos consumidores vão pesquisar preços dos ovos e parcelar em até quatro vezes

A poucos dias da Páscoa, a maior parte dos consumidores não só pretende deixar a compra de chocolates para a última hora. Também pretende parcelar tudo em até quatro prestações e pesquisar os preços dos ovos de chocolate, que neste ano ganharam versões além do já clássico pistache.

Do outro lado do balcão, indústria, restaurantes e varejistas apostam, nesta reta final, em sabores inusitados como morango com limão e recheios com vinho, queijo, mel e damasco. Tem até ovo com sabor de panetone. É o que mostra uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Para escapar da alta dos preços do cacau neste ano, 85% dos consumidores vão pesquisar preços. Além disso, mesmo com as finanças apertadas, 21% das pessoas admitem que vão gastar mais do que suas finanças permitem, e outros 8% até deixarão de pagar alguma conta para comprar chocolates.

— A Páscoa tem uma movimentação importante no comércio de todo o país. O brasileiro tem a tradição de comemorar a data, por isso, apesar da cautela, as pessoas não deixarão de fazer alguma compra — destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Ovo com vinho do Porto
Quem também busca mais opções é a Noir Chocolates, com mais de 20 lançamentos. Um dos destaques é o ovo com vinho do Porto e as opções que unem chocolate amargo, caramelo e flor de sal.

Carolina Kauer Neugebauer, CEO da empresa, destaca ainda a combinação de amêndoas e massa folhada:

— A ideia é surpreender e trazer combinações únicas.

Chocolate com queijo
O varejo aposta nas promoções e em sabores inusitados. Além da febre do pistache, que tem um exemplar com chocolate branco, para este ano a companhia ainda criou várias opções de presentes, com caixas de miniovos e chocolate em formato de coelho com creme de avelã e flocos de arroz, a preços mais acessíveis.

— A cada ano buscamos trazer inovações para o paladar brasileiro e alinhadas às principais tendências do mercado — afirma Renata Sato, diretora de marketing da Lindt no Brasil.

Morango com limão
Para especialistas, a estratégia tem como objetivo despertar a curiosidade do consumidor como forma de estimular as vendas. É o caso da Kopenhagen, que ampliou o número de lançamentos neste ano, com a criação de chocolate com morango e limão, chamado de pink lemonade. Há ainda caramelo salgado e ovos para o público infantil. Um deles tem como tema a boneca Moranguinho, dos anos 1980, e parcerias com times de futebol, como o Paris Saint-Germain e o Manchester City.

Para a Brasil Cacau, a estratégia foi usar as marcas de sua dona, a Nestlé, para lançar ovos de Prestígio e Chokito. Além disso, o grupo também criou opções com diferentes faixas de preços, a partir de R$ 20.

Segundo a CNC, os consumidores pretendem gastar, em média, R$ 247 com as compras de Páscoa, adquirindo em média cinco produtos. Os ovos de chocolate industrializados (55%) serão os principais itens procurados pelos consumidores, seguidos pelos bombons industrializados (41%), ovos caseiros (37%), bombons e barras de chocolate caseiros/artesanais (33%) e barras de chocolate industrializadas (28%).

Kit para montar o próprio recheio
Os restaurantes também pegam carona na data. O Grupo BestFork, dono do Nolita Roastery, criou um kit com chocolate e diversas opções de recheios para o consumidor montar seu próprio ovo. Além disso, criou um curso de confeitaria que ensina os clientes a prepararem os doces para a data.

— Acreditamos que a imersão dentro desse universo pode ser um presente de Páscoa e, naturalmente, eleva o fluxo de clientes nesse período. A ideia é trabalhar o lúdico — diz Felipe Appia, chef de confeitaria do restaurante Nolita Roastery e Grupo BestFork.

Flor de sal, damasco e amêndoas
A escola de gastronomia Le Cordon Bleu também aposta na data. Para isso, desenvolveu diversas combinações, como chocolate ao leite com caramelo e flor de sal e crocante de amêndoas, além de chocolate ao leite com frutas secas, como damasco, amêndoas, pistache e cranberries.

— A ideia foi usar texturas diferentes e aliar boas combinações de sabor. Já tivemos um aumento de 36% neste ano em comparação à Páscoa de 2024. O grande campeão de vendas está sendo o sabor de chocolate amargo recheado com ganache de chocolate ao leite e caramelo com flor de sal e crocante de amêndoas. E o sabor de pistache também continua com alta demanda — diz Philippe Brye, head-chef da Le Cordon Bleu.

Sabor de panetone de chocolate
A Casa Bauducco aumentou a linha de colombas, com sabores como damasco e brigadeiro neste ano. Além disso, ampliou os lançamentos com bombons em latas, no sabor caramelo salgado, por exemplo, além de ovos nos sabores panetone e wafer.

— Estamos sempre atentos às tendências de consumo, como a linha de presentes e a renovação das embalagens — comenta Denise Imamura.

Cheesecake com caramelo salgado
A Americanas, por sua vez, privilegia produtos exclusivos em suas gôndolas, como ovos de chocolate da marca de balas Fini e KitKat Cheesecake com caramelo salgado só encontrados na sua rede.

Segundo a CNC, nove em cada dez consumidores (95%) pretendem fazer as compras em lojas físicas. Além disso, a varejista reforçou suas linhas mais básicas, com a marca própria Delice, e as mais premium, com a Lindt.

— Buscamos a variedade como diferencial — afirma Osmair Luminatti, vice-presidente comercial da Americanas.

14 de abril de 2025
Varejo avança 1,2% em março, segundo IGet; setor...

Crescimento foi puxado por móveis, eletrodomésticos e materiais de construção O índice ampliado do varejo em março apontou crescimento de …

Crescimento foi puxado por móveis, eletrodomésticos e materiais de construção

O índice ampliado do varejo em março apontou crescimento de 1,2%, segundo Indicador de Geração de Atividade do Santander (IGet), desenvolvido em parceria com a Getnet. É o segundo resultado positivo consecutivo. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 3,4%.

No índice restrito, que exclui setores como veículos e materiais de construção, houve queda de 0,3% na comparação mensal. Entre os segmentos com recuo estão combustíveis (-2,2%) e outros bens de consumo pessoal (-2,4%). Já os setores de móveis e eletrodomésticos (3,4%) e artigos farmacêuticos (1,6%) apresentaram crescimento. No índice ampliado, automóveis, partes e peças (2,5%) e materiais de construção (2,6%) também registraram alta.

O IGet Serviços, por sua vez, recuou 2,8% em março frente ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2024, a retração foi de 5,1%. Segundo o Santander, o resultado foi influenciado pela concentração do feriado de Carnaval em março, o que impactou a base de comparação anual. O indicador encerrou o primeiro trimestre de 2025 com três resultados negativos consecutivos nessa métrica.

No setor de serviços, o segmento de alojamento e alimentação cresceu 2,5% em março, enquanto o de outros serviços teve queda de 2,1%.

Segundo Gabriel Couto, economista do Santander, o cenário para o varejo permanece incerto. “Seguimos avaliando que a política monetária restritiva deve impactar a atividade econômica no futuro, mas o mercado de trabalho aquecido tende a impedir uma desaceleração forte e repentina”, afirma. Ele acrescenta que “novos impulsos como a nova linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado tendem a se configurar em fatores adicionais de sustentação da demanda”.

Fonte: Mercado & Consumo

11 de abril de 2025
Comércio cresce 0,5% em fevereiro e atinge maior...

Recorde anterior foi registrado em outubro de 2024 As vendas no comércio cresceram 0,5% na passagem de janeiro para fevereiro, atingindo …

Recorde anterior foi registrado em outubro de 2024

As vendas no comércio cresceram 0,5% na passagem de janeiro para fevereiro, atingindo o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. O recorde anterior foi em outubro de 2024. A constatação está na Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quarta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O dado tem ajuste sazonal, o que tira efeitos de calendário e permite comparação mais ajustada. Já na série sem ajuste sazonal, o desempenho das vendas em fevereiro representa evolução de 1,5% ante o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses, o setor apresenta expansão de 3,6%.

A média móvel trimestral, indicador que mostra a tendência de comportamento das vendas, teve crescimento de 0,2%, com ajuste sazonal. Com os números conhecidos nesta quarta-feira, o comércio se coloca 9,1% acima do patamar pré-pandemia da covid-19, observado em fevereiro de 2020.

Na comparação entre meses imediatos, a alta de 0,5% é considerada a primeira fora do intervalo de estabilidade, ou seja, quando os números eram muito próximos de zero:

  • Outubro 2024: 0,4%
  • Novembro 2024: -0,2%
  • Dezembro 2024: -0,2%
  • Janeiro 2025: 0,2%

Grupos de atividades do comércio

Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, quatro apresentaram expansão:

  • Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 1,1%
  • Móveis e eletrodomésticos: 0,9%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 0,3%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 0,1%

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, em fevereiro, foi observada a volta do protagonismo para o setor de hiper e supermercados, após um período de 6 meses com variações próximas de zero.

O analista aponta que a desaceleração da inflação da alimentação em domicílio, que passou de 1,06% em janeiro para 0,76% em fevereiro, ajuda a explicar esse protagonismo das vendas nos supermercados.

As quatro atividades que apresentaram recuo nas vendas foram:

  • Livros, jornais, revistas e papelaria: -7,8%
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -3,2%
  • Tecidos, vestuário e calçados: -0,1%
  • Combustíveis e lubrificantes: -0,1%

De acordo com o gerente da pesquisa, o destaque negativo do segmento de livros, jornais, revistas e papelarias é explicado por uma “evasão dos produtos físicos dessa atividade, que estão indo para o consumo para serviços como plataformas digitais”.

Ele acrescenta que o fechamento de mais lojas físicas, sobretudo livrarias, foi outro fator que explica o resultado.

Esse setor se encontra 80,2% abaixo do ponto mais alto atingido pela atividade, em janeiro de 2013.

No varejo ampliado, que inclui dados de vendas de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas do comércio recuou 0,4% de janeiro para fevereiro na série com ajuste sazonal. Em 12 meses, há expansão acumulada de 2,9%, sem ajuste sazonal.

Revisão de 2024

O IBGE informou que uma grande empresa do setor de artigos farmacêuticos corrigiu dados relativos a 2024. Dessa forma, a expansão da atividade, anteriormente apurada em 14,2%, passou para 7,4%.

Essa mudança fez com que o comércio como um todo tivesse crescimento de 4,1% em 2024, abaixo dos 4,7% originalmente divulgados. Mesmo com a regressão de 0,6 ponto percentual, a alta de 2024 é a maior desde 2013, quando tinha crescido 4,3%.

Fonte: Mercado & Consumo

10 de abril de 2025
CDL Recife participa do lançamento do plano de...

Representando o comércio da cidade, a CDL Recife, a convite da Prefeitura do Recife, compareceu ao lançamento do plano “Centro …

Representando o comércio da cidade, a CDL Recife, a convite da Prefeitura do Recife, compareceu ao lançamento do plano “Centro do Recife na Rota do Futuro”, um plano de ação para requalificação do centro da cidade, que impacta diretamente a rotina comercial da região.

📷 @izabelebrito1 @edsonholandafoto

Alta do cacau pressiona preços dos ovos de Páscoa...

Abicab projeta aumento de 9,5% no preço médio dos ovos de chocolate e redução de 22,4% na oferta de unidades …

Abicab projeta aumento de 9,5% no preço médio dos ovos de chocolate e redução de 22,4% na oferta de unidades

A Páscoa deste ano deve registrar aumento nos preços dos ovos de chocolate e de outros produtos típicos do período, segundo estimativas de entidades do setor e dados de inflação. De acordo com a economista e professora da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Nadja Heiderich, o cenário é influenciado por uma combinação de fatores, com destaque para a alta expressiva do cacau.

A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) prevê um reajuste médio de 9,5% nos preços dos ovos de Páscoa em 2025. A projeção também aponta para uma queda de 22,4% na oferta, com cerca de 45 milhões de unidades disponíveis no mercado.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), o preço do cacau subiu 189% nos últimos 12 meses. “Essa escalada de preços é reflexo de uma crise global na oferta de cacau, causada por problemas climáticos e fitossanitários nas principais regiões produtoras na África. Embora as indústrias possam não repassar integralmente esse custo, o impacto no preço final ao consumidor é inevitável”, afirmou Nadja Heiderich.

Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE, mostram variações nos preços acumuladas até fevereiro de 2025. O chocolate em barra e bombom subiu 13,53% no país e 15,45% em São Paulo. Já o chocolate e achocolatado em pó registraram alta de 12,46% no Brasil e 14,76% na capital paulista.

Entre os pescados, o bacalhau subiu 5,51%, o salmão 6,01% e a merluza 3,67%. A pescada e a tilápia tiveram queda, de 5,79% e 4,73%, respectivamente. Outros produtos ligados à data também registraram alta, como o azeite de oliva (14,16% no Brasil e 15,19% em São Paulo), o ovo de galinha (10,49% no Brasil e 6,35% em São Paulo), o leite condensado (8,96%) e as balas comestíveis (3,01%).

Segundo Nadja Heiderich, “diante deste cenário, que combina a crise específica do cacau com uma inflação já presente em diversos alimentos típicos da celebração, os consumidores devem se preparar para uma Páscoa mais cara em 2025, com ovos de chocolate mais custosos e uma menor variedade disponível nas prateleiras”.

Fonte: Mercado & Consumo

9 de abril de 2025
Comércio do Recife entra em dias movimentados...

Para economizar, empresas da área da alimentação e empreendedores vão à região central da cidade para comprar produtos prontos ou …

Para economizar, empresas da área da alimentação e empreendedores vão à região central da cidade para comprar produtos prontos ou itens para produzir.

O mês de abril remete a um dos feriadões que muitos brasileiros aguardam ansiosamente: a Páscoa. A data cristã que celebra a ressureição sempre movimenta o empreendedorismo de grandes e pequenos negócios, com chocolates, sejam eles ovos de páscoa ou não; peixes; e também itens decorativos.

No centro do Recife, o comércio está fervendo com a busca de insumos para produzir itens de chocolate, como também descartáveis, embalagens e forminhas variadas para envolver e decorar ovos e bombons.

A área central da capital pernambucana atrai, principalmente, empresas da área da alimentação e empreendedores, que querem economizar e gerar renda, por exemplo, com a venda de doces e iguarias, no período.

De acordo com Fred Leal, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife), essa época do ano é uma das mais movimentadas no atacado e varejo:

“É um período que movimenta o comércio recifense, em especial as lojas do centro. A Páscoa impacta o setor gastronômico, tanto na compra dos ovos prontos quanto na de insumos para a produção de itens. Há também um grande investimento do setor em artigos de decoração para o período”, informou Leal.

Além dos empreendedores, há ainda famílias que já fazem a lista de amigos e parentes para presentear no período.

Sem falar no chamado amigo ovo, uma brincadeira de troca de item de chocolate, que geralmente ocorre em empresas e entre amigos no período.

Fonte: Portal NE10

8 de abril de 2025
Bancos elevam projeção de crescimento do crédito...

A estimativa de crescimento das linhas direcionadas ficou estável em 9% Os bancos aumentaram de 8,5% para 8,6% entre fevereiro …

A estimativa de crescimento das linhas direcionadas ficou estável em 9%

Os bancos aumentaram de 8,5% para 8,6% entre fevereiro e março a projeção de alta da carteira de crédito do sistema financeiro neste ano, de acordo com pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A alta foi puxada pelo crédito com recursos livres, em que a projeção saiu de crescimento de 8,1% em relação a 2024 para alta de 8,2%.

Nestas linhas, as estimativas ficaram mais otimistas tanto no crédito às empresas quanto nas linhas para pessoas físicas. As projeções saíram de 7,1% para 7,2% de alta e de 8,6% para 9% de alta, de acordo com a entidade. A estimativa de crescimento das linhas direcionadas ficou estável em 9%.

“A pesquisa captou que os bancos seguem projetando um bom crescimento da carteira de crédito neste ano, apesar do ambiente de juros elevados e de todas as incertezas no cenário econômico, internacional e local”, diz em nota o diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, Rubens Sardenberg.

De acordo com ele, o movimento positivo na carteira livre de pessoas físicas pode ser atribuído em parte ao mercado de trabalho ainda aquecido. “Mas, também pode ser consequência da reformulação do consignado destinado aos funcionários do setor privado, que tem mostrado uma boa demanda já neste início de operação”, afirma.

Na inadimplência da carteira com recursos livres, a expectativa dos bancos passou de 4,6% de atraso no final deste ano para 4,7%

A pesquisa também colheu estimativas para o ano que vem. Na visão dos bancos, a carteira de crédito deve crescer em ritmo menos acelerado, de 7,8% em relação a este ano. Por outro lado, o índice é 0,1 ponto porcentual maior que o esperado em fevereiro.

A pesquisa da Febraban ouviu 21 bancos entre os dias 25 e 31 de março.

Fonte: Folha de Pernambuco

4 de abril de 2025
Frete alto dificulta o varejo e 30% dos lojistas...

Valor do frete ano passado subiu 7%; para 2025 expectativa é de continuidade do ciclo de alta Tudo que vemos …

Valor do frete ano passado subiu 7%; para 2025 expectativa é de continuidade do ciclo de alta

Tudo que vemos à nossa volta passou, invariavelmente, por uma estrada ou rodovia. Dos grãos aos eletrônicos, se você pode ter algum item perto de você, significa que ele tem rodagem. Atualmente, segundo a Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (Abol), no ano passado, 18,4% do PIB brasileiro foi destinado a todo o processo logístico (transporte, armazenagem e serviços administrativos), e as empresas de transportes faturaram, em 2024, o equivalente a 1,8% do PIB, ou cerca de R$ 196,2 bilhões. Toda essa pujança, no entanto, vem carregada de pressões inflacionárias, o que tem aumentado a pressão nas empresas, em especial no varejo, que depende majoritariamente do modal rodoviário para sobreviver. No ano passado, o preço médio do frete por quilômetro rodado subiu 7%, de R$ 6,36 para R$ 6,81, segundo o Índice de Frete Edenred Repom (IFR). No e-commerce, 30% dos lojistas virtuais da Nuvemshop reportaram problemas para absorver o incremento no custo do transporte.

Segundo Alejandro Vázquez, fundador e presidente da Nuvemshop, plataforma de tecnologia com 150 mil lojas virtuais por toda a América Latina, as dimensões continentais do Brasil exigem um nível de complexidade grande em todo o processo logístico, e isso tem se aprofundado com as mudanças de comportamento do cliente online. “Hoje em dia, o consumidor espera entregas mais rápidas e assertivas, e isso também contribui para esse incremento [no valor do frete].”

Na conta dos transportadores, em 2024, o preço do diesel, principal combustível do fretamento rodoviário, passou de R$ 5,96 para R$ 6,15, segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). No recorte inflacionário, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), no acumulado de 2024, o diesel acumulou alta de 0,97%, o que colocaria o preço médio em R$ 6,07, um pouco abaixo do registrado pelo IPTL. A diferença, então, veio de uma decisão tomada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que, em outubro do ano passado, elevou o ICMS em R$ 0,06 por litro do combustível. O incremento passou a valer em janeiro deste ano.

Em janeiro, inclusive, mais uma pressão. A Petrobras anunciou o aumento do preço do diesel nas distribuidoras no dia 31. O reajuste foi de 6,29%, acrescentando R$ 0,22 por litro. Atualmente, o diesel custa, em média, R$ 6,40 no Brasil. De acordo com a NTC&Logística, o diesel representa cerca de 35% dos custos do transporte rodoviário de cargas. A associação estima que o aumento no preço do combustível já tenha impactado o valor do frete em aproximadamente 2,2%.

Outra pedra no caminho das empresas de transporte, segundo a NTC&Logística, são os custos trabalhistas. Este ano entrou em vigor a norma de reoneração gradativa da folha de pagamento, anunciada pelo governo federal em setembro de 2024. Segundo a associação do setor de transporte de carga, essa mudança aumentou em aproximadamente 1,5% os custos trabalhistas das empresas. Segundo Nelson Beltrame, especialista em logística e professor da FIA Business School (Fundação Instituto de Administração), vários itens do agrupamento de transportes sofreram incrementos. “Todos esses itens que fazem parte da estrutura de custo do frete contribuíram para essa variação de preço”, afirmou.

Para Beltrame, toda a cadeia, de alguma maneira, vai pagar essa conta, mas quem mais absorve esses custos são as transportadoras, que devem repassar isso no seu preço final. “Os varejistas também devem repassar isso no custo final do frete dos produtos.” No fim das contas, o consumidor deve ver um aumento, ou no preço dos produtos, ou no valor nominal do frete.

Para este ano, a tendência é que o custo do frete siga em alta. Não apenas pela continuidade da pressão inflacionária e alta da Selic, mas pela perspectiva de aumento da demanda trazida pelo agronegócio. Com o atraso de colheitas da safra 2024/2025, a Confederação Nacional do Agronegócio (CNA) estima uma concentração de escoamento de grãos no primeiro semestre, o que pode encarecer o custo logístico de toda a cadeia.

Frete é desafio

Se a questão logística é um desafio no Brasil, e o transporte via rodovias tem encarecido sistematicamente, encontrar soluções para cruzar o País se torna urgente. Todos os governos deste século criaram sua própria solução. Entre 2003 e 2016, nas gestões de Lula e Dilma, a aposta era no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e no Programa de Investimento em Logística (PIL). Os dois prometeram expansão massiva para modais menos utilizados, como cabotagem e hidrovias. Pouco avançamos. Entre 2016 e 2018, Michel Temer lançou o Ponte para o Futuro, que previa concessões de rios. Nada saiu do papel. Jair Bolsonaro, entusiasta das Parcerias Público-Privadas (PPP), também fez seu programa, igualmente sem sucesso.

No ano passado, o governo Lula também fez sua nova investida. Em dezembro, foi dado o pontapé inicial para o que eles tratam como a solução para o preço do frete. A Agência Gov divulgou o início do processo de consulta pública do projeto de concessão da Hidrovia do Rio Paraguai. Consiste em um trecho entre Corumbá (MS) e a foz do Rio Apa, localizada no município de Porto Murtinho (MS), e o leito do Canal do Tamengo, no trecho compreendido no município de Corumbá. A extensão total do projeto é de 600 km. O investimento direto estimado nesses primeiros anos é de R$ 63,8 milhões. O prazo contratual da concessão é de 15 anos, com possibilidade de prorrogação por igual período.

Após a concessão, o transporte de cargas está estimado entre 25 e 30 milhões de toneladas a partir de 2030. Isso significa um aumento significativo de movimentação em relação ao praticado atualmente. No ano passado, a hidrovia transportou 7,95 milhões de toneladas de cargas, um aumento de 72,57% em relação a 2022. A previsão de tarifa pré-leilão é de até R$ 1,27 por tonelada de cargas. O critério de licitação pode ser a menor tarifa, por isso, esse valor ainda poderá ser reduzido.

Em todas hidrovias disponíveis para navegação de carga no Brasil, segundo a Agência Nacional dos Transportes Aquáviários (Antaq) foram movimentadas 126,5 milhões de toneladas. O resultado é 2,33% inferior ao visto em 2023 e, segundo a agência, a razão para a baixa foi a redução no nivel de água em alguns rios, que impossibilitaram, por alguns meses, o transporte. “O frete fluvial tem uma capacidade de carga muito maior, por isso, pode baratear o transporte de diversos itens”, afirmou o professor Beltrame, da FIA. Apesar disso, segundo ele, isso não deve afetar o preço final para o consumidor. “Os varejistas devem aproveitar isso como margem.” Excelente na teoria, ainda distante da prática.

Com informações de Agência DCNews

Fonte: Mercado & Consumo